Imagem da matéria: Manhã Cripto: SEC perde nova batalha para Ripple e XRP avança 5%; Bitcoin (BTC) estaciona em US$ 27,5 mil
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As principais criptomoedas operam com pouca variação nesta quarta-feira (4), enquanto algumas altcoins ganham fôlego puxadas por notícias positivas no espaço cripto.  

No mercado de renda variável, as bolsas reduzem as perdas depois de o S&P 500 cair para o menor nível em quatro meses na terça-feira (3) em meio à preocupação com o aperto monetário global. 

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O Bitcoin (BTC) tem queda de 0,4%, cotado a US$ 27.536, segundo dados do Coingecko.   

Em reais, o BTC ganha 1,7%, negociado a R$ 141.931, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).   

O Ethereum (ETH) mostra desvalorização de 0,8%, a US$ 1.646,50.  

As altcoins são negociadas entre perdas e ganhos, entre elas BNB (-1,3%), Dogecoin (-1,4%), Cardano (-1,7%), Solana (-2,6%), Polkadot (-2,6%), Polygon (+3,9%), Shiba Inu (-0,8%) e Avalanche (+3,9%). 

SEC perde mais uma disputa contra Ripple 

XRP, emitido pela Ripple Labs, sobe 5% nas últimas 24 horas, na esteira de mais uma vitória da empresa contra o xerife de Wall Street. 

A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) não conseguiu convencer uma juíza federal de que sua recente derrota para a Ripple nos tribunais deveria ser anulada. 

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Na terça-feira (3), a juíza do Tribunal Distrital dos EUA, Analisa Torres – que em julho determinou que a venda do token pela Ripple a investidores de varejo não constituía uma oferta de valores mobiliários não registrados – escreveu que a SEC não conseguiu demonstrar em seu recurso que a decisão era suficientemente falha ou problemática. A SEC esperava anular a decisão antes que o julgamento final fosse proferido no começo do ano que vem. 

A Ripple recebeu outra boa notícia nesta quarta, com sua licença para operar em Singapura.  

A Coinbase, que recentemente também ganhou sinal verde na cidade-estado, é uma das inúmeras empresas em batalha judicial com a SEC pelo mesmo motivo. A reguladora solicitou a rejeição do pedido da exchange americana para anular o processo em andamento contra a empresa. 

Julgamento de Sam Bankman-Fried 

A seleção do júri para o julgamento do fundador da exchange cripto FTX, Sam Bankman-Fried (SBF), continua nesta quarta-feira (4). O grupo de jurados qualificados foi reduzido para 50, dos quais 12 serão selecionados hoje, conforme o Decrypt

Muitos potenciais jurados pediram dispensa por motivos que poderiam distorcer sua avaliação da suposta inocência do ex-magnata. Pelo menos três declararam ter perdido dinheiro com investimentos em criptomoedas.  

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Na terça-feira, Lewis Kaplan, juiz que preside o caso, perguntou se os jurados haviam assistido à entrevista do escritor Michael Lewis ao programa “60 Minutes” da CBS no último domingo (2), na qual afirmou que a FTX não operava como um tipo de pirâmide. 

Lewis, autor do famoso livro “A Jogada do Século” (The Big Short, no original em inglês), que inspirou o filme “A Grande Aposta”, publicou recentemente “Going Infinite”, que conta os bastidores da ascensão e queda de Bankman-Fried. 

Em um trecho, o livro diz que a modelo Gisele Bündchen recebeu cerca de R$ 100 milhões para trabalhar 20 horas como embaixadora da FTX. Em outro, que a Jump Trading perdeu mais de US$ 200 milhões com o colapso da corretora cripto. 

A obra revela ainda que Bankman-Fried mudou as regras do jogo para impedir que funcionários vendessem por um determinado período o token SRM, da empresa Serum, na qual a FTX havia investido. Como o token havia subido muito em 2021 e vários funcionários eram potenciais milionários, o receio de SBF era de que já não se sentiriam muito animados para enfrentar a jornada de 14 horas na FTX, de acordo com trechos compartilhados pelo CoinDesk. 

Juiz define data para julgamento de ex-CEO da Celsius 

A plataforma de crédito cripto Celsius foi uma das empresas afetadas pela quebra da FTX. Com uma dívida de mais de US$ 1 bilhão quando pediu recuperação judicial no ano passado, a plataforma planeja pagar os investidores lesados até o fim deste ano. 

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O ex-CEO da Celsius, Alex Mashinsky, foi acusado de fraude de valores mobiliários, de commodities e de manipular o valor do token da empresa. O início de seu julgamento foi marcado para 17 de setembro do ano que vem, de acordo com a Bloomberg

Multa de R$ 48,1 milhões para ‘Rei do Bitcoin’ 

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) condenou na terça-feira (3) os responsáveis pela pirâmide financeira Bitcoin Banco, criada por Cláudio Oliveira, também conhecido como “Rei do Bitcoin”, a pagar uma multa de R$ 48,1 milhões pela infração de ofertar valores mobiliários sem a autorização da autarquia, em um esquema que lesou milhares de investidores brasileiros. 

Também na terça, a Comissão de Segurança Pública do Senado aprovou o parecer sobre o projeto de lei 3.706/2021, que cria a tipificação do delito de constituição de pirâmide financeira e a intermediação ou a negociação de criptomoedas com o objetivo de praticar crimes. O texto passa a obrigar que corretoras de criptomoedas que operam no Brasil pratiquem a segregação patrimonial. 

Outros destaques das criptomoedas  

Nos EUA, o Departamento de Justiça acusou várias empresas chinesas e seus funcionários de envolvimento na produção e tráfico de fentanil, cuja rede operava por meio de pagamentos em criptomoedas, informou o CoinDesk. Juntamente com o processo aberto na terça-feira (3), o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Tesouro dos EUA sancionou a lista de cidadãos chineses com a identificação de 16 carteiras cripto associadas na ação. 

Também na terça (3), três pessoas foram condenadas à prisão em Nova York por sua participação em um golpe para que pessoas investissem em uma suposta empresa de mineração e trading cripto chamada AirBit Club, de acordo com o The Block. No entanto, o dinheiro foi gasto em carros e bens de luxo, disseram os promotores. 

O advogado Scott Hughes, que segundo autoridades lavou cerca de US$ 18 milhões em receitas fraudulentas da AirBit Club, foi condenado a 18 meses de prisão. Cecilia Millan, que era promotora sênior da empresa, vai passar cinco anos na cadeia, enquanto Karina Chairez foi sentenciada com uma pena de menos de um ano. 

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O BIS, que funciona como um banco central global, desenvolveu uma plataforma descentralizada de dados financeiros que, embora em fase de testes, poderia auxiliar na futura regulamentação do mercado de criptoativos, de acordo com estudo divulgado nesta quarta-feira (4). O projeto, batizado de Atlas, deu seus primeiros passos no banco central holandês há mais de cinco anos e inicialmente monitorava transações na rede Bitcoin. 

A plataforma mapeia dados públicos “on-chain” e “off-chain” divulgados por algumas exchanges e usuários, embora a possibilidade de anonimato das carteiras digitais e localização específica afete a precisão das informações, segundo a Reuters

No Brasil, o Banco ABC está utilizando inteligência artificial para desenvolver contratos inteligentes na rede de testes do Drex, a moeda digital do Banco Central, segundo o Cointelegraph. Com o objetivo de tornar a criação de contratos em blockchain mais simples e acessível, o Banco ABC desenvolveu a ABC Smart Chain em parceria com a Microsoft, que participa de vários consórcios selecionados para o projeto-piloto do real digital. 

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