As maiores criptomoedas andam de lado nesta sexta-feira (15), em meio a novos hacks e falências no setor, enquanto no mercado acionário os índices caminham para fechar a sessão com o quinto ganho semanal, ainda embalados pela expectativa de alívio monetário nos EUA.
O Bitcoin mostra estabilidade em 24 horas, cotado a US$ 42.858,64, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC também opera estável, negociado a R$ 212.160,73, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).
O Ethereum (ETH) recua 0,2%, para US$ 2.277,36.
As principais altcoins vão em direções opostas, entre elas BNB (-0,9%), XRP (+0,2%), Cardano (-2,2%), Dogecoin (-0,5%), TRON (-0,5%), Chainlink (+1%), Avalanche (+6,2%), Polkadot (-0,3%), Polygon (-2,3%) e Shiba Inu (-1,8%).
Solana (SOL) sobe 8%, com a melhora das vendas de seu telefone Saga, no embalo da memecoin BONK lançada na blockchain, que já subiu mais de 800% em 30 dias.
A aposta em outra memecoin baseada na Solana, a Dogwifhat, rendeu US$ 100 mil a um trader que havia investido apenas US$ 1 mil no token, segundo o CoinDesk.
SafeMoon entra com pedido de falência
A empresa de criptomoedas SafeMoon entrou com pedido de proteção contra credores sob o Capítulo 7 da Lei de Falências dos EUA.
SafeMoon, cujo token SFM despencou 40% após a notícia, informou que tem entre 50 e 99 credores, ativos de US$ 10 milhões a US$ 50 milhões, e deve entre US$ 100 mil e US$ 500 mil, de acordo com documento apresentado ao Tribunal de Falências de Utah.
Os processos sob o Capítulo 7 resultam na liquidação dos ativos do devedor para reembolsar credores. Ao contrário dos pedidos sob o Capítulo 11, geralmente não há intenção de reestruturar e retomar as operações da empresa.
No mês passado, o Departamento de Justiça dos EUA abriu um processo contra os executivos da SafeMoon Braden John Karony, Kyle Nagy e Thomas Smith, acusando-os de conspiração para cometer fraude de valores mobiliários, conspiração para cometer fraude eletrônica e lavagem de dinheiro.
Karony foi preso em Provo, Utah, e Smith foi detido em Bethlehem, New Hampshire, enquanto Nagy continua foragido.
Ainda nos EUA, a exchange cripto CoinList pagou US$ 1,2 milhão para arquivar alegações do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA de que permitia que usuários na Crimeia, uma península ucraniana anexada pela Rússia, usassem a plataforma.
Consulta pública do Banco Central
O Banco Central lançou na quinta-feira (14) uma consulta pública para colher opiniões da população sobre a regulamentação do mercado brasileiro de criptomoedas.
Após a Lei nº 14.478/2022 ser sancionada, o BC foi escolhido como o órgão regulador do mercado cripto e deve estabelecer as regras que prestadores de serviços com ativos virtuais deverão seguir para operar no país.
Em entrevista ao Valor Econômico, o novo CEO da Binance, Richard Teng, descartou um “plano B” para o Brasil, onde a empresa foi investigada pela CPI das Pirâmides Financeiras, cujo relatório final acusou a maior corretora cripto do mundo de atuar de forma “criminosa” no país.
Teng assumiu o comando da Binance após a renúncia do fundador Changpeng “CZ” Zhao em meio à multa de US$ 4,3 bilhões imposta pelo Departamento de Justiça dos EUA.
“O Brasil é um mercado importante para a Binance. Continuaremos a implantar nossa operação no Brasil e na América Latina”, afirmou.
Outros destaques das criptomoedas
Em meio ao susto provocado pelo ataque à Ledger, Shakeeb Ahmed, um engenheiro de segurança de 34 anos, admitiu ser o autor do hack do protocolo Nirvana Finance e de outra exchange descentralizada não identificada, anunciou na quinta-feira (14) o Gabinete do Procurador dos EUA para o Distrito Sul de Nova York.
Ahmed concordou em devolver os US$ 12,3 milhões obtidos com os dois hacks e pagará às vítimas uma restituição de US$ 5 milhões. O engenheiro enfrenta uma pena máxima de cinco anos de prisão e receberá a sentença em 13 de março.
A Mysten Labs, fundada por ex-engenheiros do Facebook, disse que desenvolveu uma ferramenta que permitirá enviar e receber criptomoedas por e-mail, mesmo que o destinatário não tenha uma carteira digital. “Enquanto estávamos no Facebook, nosso objetivo era tornar o envio de dinheiro tão fácil quanto [mandar] e-mail”, disse o cofundador da Mysten Labs, Adeniyi Abiodun, em entrevista ao The Block. Segundo ele, essa meta está mais próxima da realidade graças à Sui, a blockchain de primeira camada criada pela Mysten Labs.
A primeira venda pela Sotheby’s de “inscrições” criadas por meio do protocolo Ordinals na rede do Bitcoin – uma coleção pixelizada conhecida como “BitcoinShrooms” – levantou cerca de US$ 450 mil, muito acima das estimativas. O leilão, concluído na quarta-feira (13), colocou à venda três das imagens, incluindo um abacate pixelizado que foi vendido por mais de US$ 100 mil, contou ao CoinDesk Derek Parsons, porta-voz da casa de leilões. Houve 148 propostas totais nos três lotes, e mais de dois terços de todos interessados ainda não haviam comprado pela Sotheby’s.
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