Imagem da matéria: Manhã Cripto: Promotores ampliam investigação sobre FTX; investidores de olho na Hodlnaut e Bitcoin (BTC) abaixo de US$ 23 mil  
Foto: Shutterstock

O mercado de criptomoedas começa a segunda-feira (6) no vermelho, em linha com o clima de cautela das bolsas internacionais. Os índices futuros dos EUA apontam para uma abertura em baixa, sob o peso de dados de emprego e tensão entre o governo americano e a China.  

O Bitcoin (BTC) registra baixa de 2,1% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 22.845. Em reais, o BTC tem queda de 2,2%, negociado a R$ 118.455, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB). 

Publicidade

O Ethereum (ETH) também recua 2,1%, para US$ 1.632, segundo dados do Coingecko.  

A principais altcoins operam em terreno negativo, com destaque para BNB (-2,6%), XRP (-3,2%), Cardano (-2,1%), Dogecoin (-3,5%), Polygon (-3,5%), Solana (-4,3%), Polkadot (-2%), Shiba Inu (-4,6%) e Avalanche (-4,2%).  

OKB, token nativo da exchange OKX, vai na contramão e sobe 1,1%, com alta de quase 12 % em sete dias. 

Bitcoin hoje           

Números que mostraram um mercado de trabalho forte nos EUA intrigaram investidores em Wall Street na sexta-feira (3), o que trouxe perdas para os índices acionários e esfriou o rali das criptomoedas. 

A economia americana criou 517 mil empregos em janeiro, enquanto a taxa de desemprego caiu para 3,4%, o menor nível desde maio de 1969. Os dados levantaram dúvidas sobre o rumo da política monetária dos EUA, após os sinais de desaceleração dos preços terem alimentado expectativas de cortes dos juros ainda este ano. 

Publicidade

A tensão em torno do balão da China – que supostamente estaria espionando instalações militares nos EUA e foi derrubado pelo governo americano – também influencia as negociações no pré-mercado. 

Nesta terça (7), investidores ficarão atentos ao discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em Washington. A semana também conta com balanços de gigantes, entre eles do SoftBank e da Uber Technologies. 

Apesar da conhecida correlação entre o desempenho do Bitcoin e Wall Street, análise do CoinDesk destaca que investidores devem olhar para os mercados emergentes para justificar o investimento na maior criptomoeda. 

O argumento é apoiado pela maior demanda em países com sistemas financeiros deficientes, como Nigéria, Líbano e Vietnã e outros que se destacam no índice da Chainalysis com os 10 maiores mercados em adoção cripto, entre eles Filipinas, Índia e Brasil, além dos EUA, que ocupam a 5ª posição. 

Publicidade

Demissões na Protocol Labs 

Mesmo com sinais do crescente uso de criptomoedas em alguns mercados, o cenário macro ainda afeta empresas do setor. 

A Protocol Labs, empresa por trás da rede descentralizada de armazenamento de dados Filecoin, está demitindo 21% da equipe, o equivalente a 89 empregos, anunciou o CEO Juan Benet em post no blog da empresa na sexta-feira (3). 

Benet citou uma “recessão econômica extremamente desafiadora”, especialmente para empresas no espaço cripto, como a razão por trás dos cortes, o que obrigou a empresa a reduzir custos para enfrentar o novo ambiente, afirmou. 

A indústria cripto cortou quase 29 mil empregos desde abril do ano passado, de acordo com o CoinDesk

A crise também encolheu o mercado de crédito cripto e atingiu em cheio a MakerDAO, emissora da stablecoin DAI. A receita da organização autônoma descentralizada despencou 42%, para 65 milhões de tokens DAI (US$ 65 milhões) 2022.  

‘Unicórnios caídos’ 

O ano passado não foi nada fácil para os unicórnios, empresas privadas avaliadas em pelo menos US$ 1 bilhão. Reportagem da Forbes revela que 44 fundadores de unicórnios perderam quase US$ 100 bilhões em 2022. 

Entre eles estão os fundadores da startup de cartão de crédito Brex, os brasileiros Pedro Franceschi, de 26 anos, e Henrique Dubugras, 27, que haviam se tornado os bilionários “self-made” mais jovens do mundo, de acordo com a revista. Mas os dois já não são bilionários em dólares. A fortuna de cada um agora está avaliada em US$ 900 milhões, comparada a US$ 1,5 bilhão há um ano. 

Publicidade

No entanto, o maior perdedor foi de longe Sam Bankman-Fried (SBF), cujo patrimônio foi zerado. O fundador da exchante cripto perdeu US$ 24 bilhões no período. 

Investigações na FTX 

E por falar em Bankman-Fried, promotores federais estão investigando um número crescente de pessoas ligadas ao falido império da FTX, incluindo seu pai, irmão e ex-colegas, segundo o New York Times, que cita 13 pessoas com conhecimento do inquérito. 

No entanto, a intenção da nova gestão da FTX e de um comitê de credores de intimar a família imediata de SBF e outros executivos da corretora foi contestada pelo U.S. Trustee, uma divisão do Departamento de Justiça dos EUA que supervisiona processos de recuperação judicial. De acordo com o CoinDesk, o assunto vai ser discutido em audiência nesta quarta (8).  

O DoJ é contra ampliar a medida devido aos planos de indicar um investigador independente para o caso e, por isso, argumenta que duas investigações paralelas resultariam em custos extras. 

Os novos administradores da FTX também estão de olho em doações feitas a políticos dos EUA e pediram que os recursos sejam devolvidos. Os credores estão revisando cerca de US$ 93 milhões doados pela FTX entre março de 2020 e novembro de 2022, informou o The Block

Ativos da FTX 

A plataforma de criptomoedas Hodlnaut e seus créditos na FTX estão no radar de investidores. 

“Várias partes interessadas em adquirir” a Hodlnaut, de Singapura, e seus créditos entraram em contato com os administradores interinos que supervisionam a empresa após seu pedido de recuperação judicial, de acordo com um documento visto pela Bloomberg News.  

Publicidade

Os administradores negociam a assinatura de acordos de sigilo com os potenciais investidores, mostra o documento. 

Enquanto isso, a Emergent Fidelity Technologies, um veículo de investimento offshore que Bankman-Fried usou para comprar uma participação na Robinhood Markets, entrou com pedido de recuperação judicial nos EUA em meio à disputa com a nova gestão da FTX e com a plataforma de crédito cripto BlockFi pela fatia. 

A saga da FTX parece longe do fim, mas produtoras se apressam para lançar filmes, séries de TV e documentários sobre o caso. 

Falência da InDeal 

No Brasil, a história de uma empresa chegou ao capítulo final. A InDeal – acusada de operar uma pirâmide financeira com criptomoedas e desviar dinheiro de clientes – decretou falência, de acordo com comunicado da Justiça Federal de Porto Alegre. Segundo o jornal Zero Hora, com a falência, os bens que foram confiscados pela Justiça – ativos financeiros, imóveis e veículos – devem ser enviados para a Regional Empresarial da Comarca de Novo Hamburgo, sede da InDeal.  

Já a Braiscompany, outra empresa problemática que tem atrasado o pagamento a clientes pelo serviço de “aluguel de criptoativos”, é marcada pela “obsessão” em atrair novos usuários. Em depoimentos ao Portal do Bitcoin, ex-funcionários revelaram a pressão por metas agressivas de captação de recursos e patrulha ideológica. 

Outros destaques das criptomoedas 

O PicPay, maior carteira digital no país, ampliou a oferta de criptomoedas, que agora soma 10 diferentes tokens, e superou a marca de 1 milhão de usuários em sua plataforma de criptoativos, conforme o Valor. A exchange passou a oferecer também Solana (SOL), que se soma à oferta de Bitcoin (BTC), Ethereum (BTH), stablecoin Pax Dollar (USDP), e dos tokens Uniswap (UNI), Chainlink (LINK), Litecoin (LTC), Polygon (MATIC), Bitcoin Cash (BCH) e Aave (AAVE). 

A Binance recomendou que a Zanmai Labs, a entidade que opera a exchange cripto indiana WazirX, busque maneiras de retirar quaisquer ativos remanescentes mantidos nas carteiras da maior corretora cripto do mundo, de acordo com um post na sexta-feira. A solução parece ter intensificado ainda mais a polêmica sobre o controle acionário entre as duas exchanges, de acordo com o CoinDesk, embora a WazirX tenha iniciado a transferência de ativos para outras carteiras. 

Apesar das disputas no mercado indiano, a BNB Chain, ligada à Binancepretende ser competitiva em 2023, após um ano tumultuado para os mercados de criptomoedas, disse a Messari. A rede blockchain se concentrará em estratégias de crescimento e desenvolvimentos tecnológicos, incluindo soluções de dimensionamento e aumento da taxa de transferência, segundo relatório

Analistas da Cowen também estão otimistas em relação à Coinbase. O volume total negociado pela exchange cripto americana em janeiro somou US$ 55 bilhões, um aumento de 58% em relação ao mês anterior. Já o volume médio diário de US$ 1,8 bilhão é o maior desde agosto, quando a média diária foi de US$ 1,9 bilhão, escreveram os analistas Stephen Glagola e George Kuhle. 

O carnaval já começou em Veneza e terá extensa programação até seu encerramento, no dia 21. Em 2023, a folia acontecerá também no metaverso, segundo o jornal O Globo. A ideia é que pessoas em qualquer lugar do mundo possam aproveitar a festa, “vestindo” as versões virtuais das inconfundíveis máscaras e fantasias venezianas.  

VOCÊ PODE GOSTAR
Logotipo e logomarca do jogo cripto Major no Telegram

‘Major’: Jogo cripto do Telegram revela data de lançamento do token

A equipe do Major irá cunhar o token do jogo na The Open Network (TON) este mês, e seu airdrop provavelmente virá logo depois
Imagem da matéria: Beefund: Exchange remove Beeb 2.0 e assume que projeto “prejudica” usuários

Beefund: Exchange remove Beeb 2.0 e assume que projeto “prejudica” usuários

“Para proteger os direitos dos usuários, decidimos não oferecer mais suporte ao token BEEB e colocá-lo sob observação”, disse a SuperEx
Imagem da matéria: Shaquille O’Neal paga US$ 11 milhões para se livrar de processo sobre vendas de NFTs

Shaquille O’Neal paga US$ 11 milhões para se livrar de processo sobre vendas de NFTs

A lenda do basquete assinou um acordo de US$ 11 milhões para encerrar uma ação coletiva relacionada ao conturbado projeto de NFTs Astrals
Imagem da matéria: Diretor da OKX critica ambiente regulatório no Brasil e executivos da Ripple, Revolut e Crypto.com discordam

Diretor da OKX critica ambiente regulatório no Brasil e executivos da Ripple, Revolut e Crypto.com discordam

“O Brasil continua com um gigante adormecido, principalmente em termos de regulação”, disse diretor da OKX