Imagem da matéria: Manhã Cripto: Bitcoin (BTC) sustenta alta acima de US$ 28 mil; FTX planeja ressarcir 90% dos clientes até 2024
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O Bitcoin se descola das principais criptomoedas nesta terça-feira (17), impulsionado pela narrativa de reserva de valor diante da tensão geopolítica, expectativa de aprovação de ETFs e perspectiva de um marco cripto na Califórnia. 

Traders de ações e títulos negociam com cautela, atentos à viagem a Israel do presidente dos EUA, Joe Biden, em uma tentativa de evitar que o conflito se espalhe pela região. 

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Com o objetivo de frear o financiamento das operações do grupo Hamas, o governo de Israel ordenou o bloqueio de mais de 100 contas na Binanceapurou o Financial Times

O Bitcoin (BTC) ganha 2,3% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 28.388,03, segundo dados do Coingecko.   

Em reais, o BTC registra alta de 1%, negociado a R$ 143.502,51, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB). 

O Ethereum (ETH) mostra pouca variação, a US$ 1.590,45.  

Pela primeira vez desde a atualização “Shanghai” em maio, não há fila de validadores à espera para fazer staking da segunda maior criptomoeda, em um indício de menor demanda pelo serviço, avalia a Coinbase. Além disso, o interesse de investidores por fundos de índice (ETFs) atrelados a contratos de futuros de Ethereum tem sido morno até agora, aponta a Reuters

Com o fraco desempenho do Ethereum recentemente, alguns analistas destacam a crescente dominância do Bitcoin, que também desafia o rali das altcoins iniciado em 2021. 

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Entre as altcoins, BNB opera com estabilidade após a queima de US$ 450 milhões em tokens pela Binance. 

SOL avança 6,6% em 24 horas na esteira da integração da Solana Foundation ao ecossistema da zona franca de Dubai. 

Outras altcoins são negociadas entre perdas e ganhos, entre elas XRP (-0,5%), Cardano (-0,4%), Dogecoin (-0,4%), Polkadot (-1,1%), Polygon (+1,2%), Shiba Inu (-0,8%) e Avalanche (-2,4%). 

Bitcoin hoje 

Na segunda-feira (16), o Bitcoin chegou a subir 10% depois de um boato no X (antigo Twitter) de que a SEC, a CVM dos EUA, havia aprovado um ETF de Bitcoin à vista da BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo. 

No entanto, a notícia, veiculada pelo Cointelegraph, foi desmentida pela reguladora e pela própria BlackRock. 

O CEO da gestora, Larry Fink, disse que só soube da confusão horas depois, pois esteve “ocupado o dia todo”. Mas destacou em entrevista à Fox Business que o salto do Bitcoin em meio aos rumores mostra um “interesse reprimido” em criptoativos. 

Durante a forte volatilidade causada pela fake news, com traders apressados para comprar e vender Bitcoin, o que chamou a atenção foi a baixa liquidez na Binance, maior exchange cripto do mundo, de acordo com o CoinDesk, que cita dados da Kaiko

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Devolução de fundos da FTX 

A exchange cripto FTX, atualmente em recuperação judicial, fechou uma proposta de acordo com os principais credores sobre disputas com clientes em uma tentativa de resolver o litígio e confirmar um plano de pagamento revisado já no segundo trimestre de 2024, informou o The Block, que cita um comunicado da corretora. 

A FTX disse que os clientes poderiam recuperar mais de 90% do valor distribuível em todo o mundo se o plano alterado for aprovado pela Justiça. 

O valor devido é estimado em cerca de US$ 8,9 bilhões para a FTX.com e US$ 166 milhões para a FTX US, de acordo com o comunicado. 

O fundador da FTX, Sam Bankman-Fried (SBF), está sendo julgado em um tribunal de Manhattan após ser acusado de diversos crimes, entre os quais o uso indevido de recursos de clientes. Ele nega todas as acusações.  

Leia também: FTX: Tudo que você precisa saber sobre o julgamento de Sam Bankman-Fried

Em depoimento na segunda-feira (16), o ex-chefe de engenharia da FTX, Nishad Singh, outro ex-amigo de SBF, disse que sabia do rombo de US$ 8 bilhões causado por transferências irregulares à Alameda Research, braço de trading do fundo. 

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Sing também disse que a FTX usou dinheiro de clientes para doações a políticos, de acordo com trechos do depoimento divulgados pelo Wall Street Journal

Israel congela contas na Binance ligadas ao Hamas 

Autoridades israelenses ordenaram o fechamento de dezenas de contas de criptomoedas e apreenderam milhões de dólares em tokens em meio aos esforços para cortar os vínculos entre os mercados de ativos digitais e o Hamas. 

Pessoas a par das medidas disseram ao Financial Times que mais de 100 contas na Binance foram bloqueadas desde o ataque do Hamas em 7 de outubro. 

O governo também solicitou informações sobre até outras 200 contas cripto, a maioria das quais mantidas na Binance, disseram as fontes. 

Procurada pelo FT, a Binance confirmou que “bloqueou” um “pequeno número” de contas desde meados do ano e acrescentou que “segue regras de sanções reconhecidas internacionalmente”.  

Outros destaques das criptomoedas  

Na Califórnia, o governador Gavin Newsom assinou um projeto de lei de licenças para o setor cripto que entrará em vigor em julho de 2025, conforme o CoinDesk. Considerada a resposta da Califórnia ao “BitLicense” de Nova York, a Lei de Ativos Financeiros Digitais exige que o Departamento de Proteção Financeira (DFPI) e Inovação da Califórnia crie um marco regulatório para os criptoativos. 

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No Brasil, a Núclea, provedora de infraestrutura financeira e de pagamentos, agora faz parte da Abcripto (Associação Brasileira da Criptoeconomia). De acordo com o Valor Econômico, a Núclea, antes conhecida como CIP, reforçou a aposta no mercado de tokenização com a criação de um centro de excelência para explorar oportunidades em criptoativos e blockchain. 

E por falar em tokenização, o MB (Mercado Bitcoin) lançou o segundo episódio do podcast Economia Tokenizada: “O que é Renda Fixa Digital? Por que é melhor que a tradicional”. Confira aqui o novo episódio com a participação de Marília Fontes, sócia-fundadora da Nord Research, Guilherme Cadonhotto, especialista em renda fixa e sócio no Grupo Primo, Aline Fernandes, editora-chefe do site BeInCrypto, e Henrique Pocai, diretor comercial do MB. 

Criadores de tokens não fungíveis (NFTs) começam a boicotar grandes plataformas como forma de protesto contra a redução dos royalties, informou a Bloomberg. Yuga Labs, empresa por trás dos NFTs Bored Ape Yacht Club e CryptoPunks, e a LSLTTT Holdings, criadora dos Pudgy Penguins, estão entre as que evitaram listar algumas coleções em mercados como Blur e OpenSea ou ameaçam fazê-lo. 

Enquanto isso, a recém-lançada criptomoeda Big Time (BIGTIME), usada no jogo NFT play-to-earn de mesmo nome, disparou 250% em cinco dias após ser listada na Coinbase e OKX. 

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