A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, com US$ 10 trilhões gerenciados, anunciou nesta quinta-feira (11) o lançamento de um fundo privado de bitcoin para clientes institucionais dos EUA.
O anúncio ocorre cerca de uma semana depois de a empresa revelar a Coinbase Prime como a corretora e gestora cripto para os clientes da Aladdin, que é uma divisão de gerenciamento de risco da BlackRock.
Segundo comunicado, o fundo bitcoin busca acompanhar o desempenho da maior criptomoeda do mundo, “apesar da forte desaceleração no mercado de ativos digitais”. Após o anúncio, o bitcoin subiu cerca de 4% e se aproximou dos US$ 25 mil, recuando horas depois. No momento da escrita, o BTC é negociado em US$ 24.340 (R$ 125.200 no Brasil).
“Ainda estamos vendo um interesse substancial de alguns clientes institucionais em como acessar esses ativos de forma eficiente e econômica usando nossa tecnologia e recursos de produtos”, ressaltou a empresa, sem revelar o nome do produto.
Contudo, tudo leva a crer que o novo fundo de bitcoin segue um acordo para conectar a plataforma da Aladdin à Coinbase Prime, da Coinbase, criada especificamente para clientes institucionais e assim poder gerenciar grandes carteiras de BTC.
“A Coinbase Prime fornecerá recursos de negociação, custódia, corretagem e relatórios de criptomoedas para a base de clientes institucionais da Aladdin, que também são clientes da Coinbase”, disse a corretora quando foi anunciada como parceira da BlackRock.
O acordo permite que os usuários da Aladdin – incluindo gestores de ativos, fundos de pensão, seguradoras, dentre outros — lidem com a exposição do bitcoin diretamente, ou seja, os clientes vão poder gerenciar suas exposições de ao BTC juntamente com outras aplicações e assim ter uma visão completa do seu portfólio.
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No comunicado, BlackRock disse que também está explorando “blockchains, stablecoins, criptoativos e tokenização permitidos”, e que um dos motivos para a criação do fundo de bitcoin foi uma iniciativa das Ongs Energy Web e RMI, com foco na transparência ao uso sustentável de energia na mineração de bitcoin.
É uma consideração importante para investidores institucionais, que já citaram o impacto ambiental da mineração de Bitcoin como uma barreira para adicioná-lo a seus portfólios, comentou o site Decrypt sobre o assunto.
De olho no Bitcoin e no Carbono Zero
Não é a primeira vez que a BlackRock anuncia negócios com criptomoedas. Em abril, a gestora listou dois produtos, o iShares Blockchain e o Tech ETF, que oferecem aos investidores exposição à tecnologia blockchain sem investir diretamente em ativos digitais.
No mesmo mês, foi revelado que a gestora também já investia no setor cripto, conforme documentos da Comissão de Valores Mobiliários (SEC): a BlackRock Global Allocation Fund indicou que detinha 37 contratos futuros da Chicago Mercantile Exchange no valor de quase US$ 360.458. O valor representava 0,0014% dos ativos totais do fundo.
Em julho do ano passado, BlackRock informou à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) que possuía US$ 206 milhões investidos em ações da Marathon Digital Holdings e US$ 176 milhões na Riot Blockchain, duas empresas de mineração de bitcoin e de capital aberto.
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