A Justiça do Rio de Janeiro determinou que o criador da GAS Consultoria, Glaidson Acácio dos Santos, permaneça preso no presídio de Catanduvas (PR). A decisão da 1ª Vara Criminal de Combate ao Crime Organizado foi prorrogar por mais três anos a permanência do “Faraó do Bitcoin” na prisão paranaense. As informações são do jornal O Globo.
A defesa de Glaidson pedia que o criador da GAS fosse transferido para o Rio de Janeiro, seu estado natal, ou que passasse ao regime de prisão domiciliar. Porém, o juiz Gustavo Gomes Kalil ressaltou na decisão que o sistema penitenciário do Rio de Janeiro tem vulnerabilidades e que o Sistema Prisional Federal é a opção mais segura.
Inicialmente, o “Faraó do Bitcoin” estava preso em Bangu (RJ), mas rapidamente se provou um problema para o sistema: conseguiu uma série de vantagens indevidas, como celulares e até mesmo peças de picanhas. Ao determinar sua transferência, a Justiça apontou que Glaidson corrompia agentes dos Estado para conseguir continuar liderando o esquema criminoso a partir do presídio.
Na decisão de não autorizar a transferência, o juiz Gustavo Gomes Kalil apontou especificamente um dado do Ministério Público de que só neste ano foram apreendidos 7,5 mil celulares em presídios do Rio de Janeiro e grande quantidade de drogas.
O magistrado finaliza dizendo que é imprescindível a permanência de Glaidson no Sistema Federal para que se evite que o réu use sua fortuna para conseguir meios de voltar a comandar a organização criminosa.
A história do “Faraó do Bitcoin”
A GAS Consultoria captava clientes com promessas de rendimentos que supostamente viriam do trade de criptomoedas. Mais tarde, seu modelo de operação de pirâmide financeira desencadeou uma série de investigações pelas autoridades brasileiras.
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Glaidson, que ficou conhecido como “Faraó do Bitcoin”, foi preso na manhã do dia 25 de agosto de 2021 na Operação Kryptos. Na ocasião, outros membros do esquema foram presos, enquanto outros conseguiram escapar da polícia e fugir do Brasil, como a esposa de Glaidson, Mirelis Yoseline Dias Zerpa, que foi acabou presa em janeiro deste ano em Chicago, Estados Unidos, por morar ilegalmente no país.
Diversas pessoas próximas ao casal confirmam que a divisão de tarefas dentro da GAS era clara: Glaidson lidava com as pessoas e Mirelis com o dinheiro.
No ano passado, a GAS Consultoria fez parte de uma extensa lista de empresas convocadas na CPI das Pirâmides, que também intimou Glaidson. Em depoimento, o ex-garçom protagonizou uma série de bate-bocas com alguns deputados e chegou a ser chamado por um parlamentar de “um dos maiores bandidos da história do sistema financeiro nacional”.
Além do roubo do dinheiro de milhares de investidores brasileiros pela pirâmide financeira da GAS, o Faraó também é acusado de ser líder de uma organização que monitorava e assassinava rivais no mercado de criptomoedas, como mostram áudios obtidos pelas autoridades.
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