O Departamento de Polícia Metropolitana de Tóquio, no Japão, prendeu 30 pessoas acusadas de negociar criptomoedas da NEM mesmo sabendo que elas foram roubadas da exchange Coincheck em 2018. As informações são do jornal The Mainichi em publicação na sexta-feira (22).
De acordo com as investigações, depois do ciberataque que culminou no sumiço de 500 milhões de XEM, o token nativo da NEM, foi criada uma exchange clandestina para negociação com bitcoin. Estima-se que as negociações envolvendo as 30 pessoas da bolsa clandestina totalizaram cerca de US$ 95 milhões (10 bilhões de ienes), considerando a taxa de câmbio da época, diz a reportagem.
Todos os suspeitos são residentes do Japão, disseram ao jornal pessoas familiarizadas com o assunto. Uma delas, porém, ainda segue sem ter sua identidade revelada.
NEM por Bitcoin
Conforme apurou o The Mainichi, alguns dos suspeitos trocaram o NEM por outras criptomoedas como bitcoin e depois transacionaram os ativos em exchanges tanto de dentro quanto fora do Japão. O esquema, diz o texto, era obter lucros consideráveis com as trocas.
Antes das recentes prisões, duas pessoas já se encontravam sob custódia da polícia japonesa. Eles foram presos em março do ano passado e acusados posteriormente.
Segundo as investigações, Masaki Kitamoto, de 40 anos, e Takayoshi Doi, de 31, são os suspeitos que mais fizeram volume de negociação em comparação aos demais suspeitos.
O roubo à Coincheck
Em 26 de janeiro de 2018, a Coincheck suspendeu algumas de suas funções. A empresa detectou uma anormalidade e emitiu um aviso sobre a suspensão dos pagamentos. Em seguida, as negociações foram suspensas temporariamente.
Os executivos da empresa confirmaram o roubo no mesmo dia, o maior de toda a história do mercado de criptomoedas na época — US$ 530 milhões.