Imagem da matéria: Itaú reforça defesa das criptomoedas: "Futuro é promissor"
Foto: Shutterstock

O Itaú Unibanco parece estar completando sua volta de 180º em relação às criptomoedas. Após manter uma posição crítica frente a esse setor e fechar contas de corretoras, o banco lançou lançou várias operações relativas aos criptoativos, abraçou o Real Digital, se tornou membro da ABCripto e agora tenta se colocar no debate público. A mais recente amostra disso é uma publicação feita pela instituição no LinkedIn do banco na quarta-feira (19). 

No texto, o banco afirma que 300 milhões de pessoas ao redor do mundo utilizam criptomoedas, classifica o número como “significativo” e ressalta: “Nos levar a crer que o futuro da criptoeconomia é promissor”.

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Junto com o breve texto, o Itaú compartilhou um carrossel de imagens explicando quais concepções são verdade e quais são falsas sobre o universo das criptomoedas. Trata-se de um material focado no público que apenas ouviu falar do setor. A frase “Todas as Criptomoedas são iguais” é um exemplo, apontada como mito e uma falsa afirmação.

Por anos, o Itaú fechou sistematicamente e de forma unilateral as contas bancárias de pelos menos três exchanges brasileiras, como Mercado Bitcoin, Foxbit e a Braziliex (que encerrou suas atividades).

A questão foi inclusive parar no Superior Tribunal de Justiça, que decidiu que o banco tinha o direito de fechar as contas de corretoras.

Em uma manifestação ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o banco disse que o combate à lavagem de dinheiro e ao terrorismo permitia fechar contas de corretoras de Bitcoin.

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“A política de Prevenção a Lavagem de Dinheiro/Combate a Financiamento de Terrorismo (PLD/CFT) do ltaú Unibanco, que inclui não aceitar abertura ou manter ativa contas correntes de corretoras de criptoativos e de pessoas naturais envolvidas na mesma atividade, incluindo participantes do quadro societário das referidas corretoras”. 

Mudança de rumo

Desde o final de 2021 o banco vem se abrindo para o universo das criptomoedas e o marco mais simbólico dessa mudança foi em junho deste ano, quando passou a fazer parte da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto), entidade que representa as principais empresas do mercado de criptomoedas do Brasil.

Np comunicado oficial, o discurso do Head do Itaú Digital Assets, Guto Antunes, foi de entusiasmo em fazer parte da nova turma.

“Acreditamos no potencial da criptoeconomia como um agente transformador no mercado financeiro global e reconhecemos a importância de estarmos engajados nesse ecossistema. Ao nos associarmos à ABCripto, colocamos o Itaú Unibanco em contato direto com os principais players e especialistas do setor, o que nos permitirá trocar experiências e contribuir ativamente para o desenvolvimento e a regulamentação da criptoeconomia no Brasil.”

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Antes, em novembro de 2022, o banco lançou o seu primeiro fundo de investimento do tipo ETF de Bitcoin, o IT Now Bloomberg Galaxy Bitcoin ETF (BITI11), na bolsa de valores brasileira, a B3.

Na segunda-feira (17), o Itaú instalou o primeiro node validador da blockchain do projeto do Real Digital, coordenado pelo Banco Central. As informações são do jornal Valor Econômico.

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