A Interpol está investigando três nigerianos suspeitos de crime de lavagem de dinheiro e posterior compra de Bitcoins com o lucro das operações criminosas. O valor ocultado pode estar na casa de US$ 215 milhões (25 bilhões de xelins quenianos).
Outros três suspeitos do Quênia, incluindo um político, também viraram alvo da Polícia Internacional no caso, segundo o site Nation, em publicação na sexta-feira (29).
Os investigadores da Interpol acreditam que, com a ajuda dos quenianos, cujos nomes não foram divulgados, os nigerianos Olubunmi Akinyemiju, Olufemi Olukunmi Demuren e Eghosasere Nehikhare trabalharam para acultar o motivo exato da movimentação de dinheiro de contas da empresa RemX, que possui escritórios na Nigéria, no Quênia e nos EUA.
Para isso, eles teriam feito uma distribuição de criptomoedas para várias carteiras individuais com o intuito de tornar as transferências irrastreáveis.
De acordo com registros em autoridades europeias, diz o site, o trio de nigerianos fez várias compras bilionárias com xelins em Bitcoin entre agosto e setembro de 2020 em corretoras como a Binance e a nigeriana Busha.
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Na Binance, descreve o Nation, foram cerca de US$ 36 milhões (4,2 bilhões de xelins) em compras de criptomoedas. Outras duas empresas de câmbio também foram usadas pelos supostos criminosos: são investigadas a corretora maltesa Quidax e a queniana BitPesa.
Vale lembrar que no início do ano, a corretora Binance restringiu um total de 281 contas pessoais pertencentes a usuários nigerianos. A decisão foi tomada para garantir a segurança dos usuários, mas também a pedido de autoridades policiais internacionais. Não se sabe, porém, se tais ações têm relação com o caso do trio nigeriano.
Investigadores europeus, explica o Nation, acreditam que um importante político queniano e um investidor nigeriano com interesses no setor de energia foram os beneficiários do suposto esquema de lavagem de dinheiro.
Há cerca de um mês, a Agência de Recuperação de Ativos (ARA), órgão da Procuradoria Federal do Quência, também obteve ordens judiciais para congelar seis contas bancárias operadas por seis empresas ligadas aos nigerianos.
ARA começou a investigar a suspeita de lavagem de dinheiro em fevereiro deste ano, depois de receber informações sobre transações duvidosas.