Imagem da matéria: Governo do Paraná cria projeto em blockchain para combater corrupção em licitações
Foto: Shutterstock

O Governo do Paraná está prestes a colocar em funcionamento o sistema Harpia, uma ferramenta baseada na tecnologia blockchain para combater a corrupção em licitações públicas. O investimento, estimado em R$ 25 milhões, é custeado com recursos do Fundo Estadual de Combate à Corrupção.

“É um grande projeto que visa atender a transparência pública e ter ferramentas robustas de controle e de auditoria de processos de aquisição, disse o o controlador-geral do Estado, Raul Siqueira, em live no Youtube na segunda-feira (10)

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Conforme explicou, o sistema tem desenhado em blockchain todos os pontos do processo licitatório. Segundo ele, a Controladoria Geral do Estado do Paraná (CGE) organizou o plano em conjunto com o Tribunal de Contas (TCE-PR) e Ministério Público do Estado (MP-PR).

“É um sistema que ataca e fere de morte qualquer ato de irregularidade, seja proposital ou uma mera falha, porque eu tenho alí o registro e a imutabilidade dos dados”, descreveu.

Controlador-geral do Paraná explicando sistema blockchain para litações. Imagem: Reprodução/Youtube

Sistema blockchain para licitação

A iniciativa está em discussão há cerca de um ano e meio. Na época, o governo paranaense entendeu que um sistema baseado na tecnologia blockchain poderia agilizar processos e impedir desvios de recursos públicos.

De acordo com o controlador público, o desenvolvimento e funcionamento do Harpia agora está a cargo da Celepar (Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná), que é responsável por lidar com grande banco de dados do Estado.

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Em junho, o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), comentou sobre a ação. Ele disse que a tecnologia é inovadora e que vai aumentar de forma significativa a transparência e fiscalização de todos os processos de licitação no Paraná.

“Licitações são, sem dúvida, um grande problema no Brasil”, ressaltou Ratinho na época.

Durante a transmissão, Siqueira também ressaltou que a estimativa é de uma diminuição de 97% em qualquer nível de irregularidade em licitações.

Ferramenta com ‘olho de gavião’ 

O nome escolhido, segundo o controlador, é uma analogia à natureza da ave ‘harpia’, também conhecida como gavião-real. Conforme descreveu Siqueira, ela “voa muito alto e por isso tem uma visão ampla. Possui também garras muito fortes e é superprotetora do seu ninho.

Contextualizando, explicou, o sistema vai ter uma visão muito boa, vai ‘pegar mesmo’ as irregularidades e vai proteger o dinheiro público.

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