Imagem da matéria: FBI prende trader que vendia sinais em salas no Telegram e redes sociais
Foto: Shutterstock

O FBI (Federal Bureau of Investigation) prendeu na terça-feira (26), em Nova York (EUA), o trader Jeremy Spence, conhecido por publicar ‘sinais’ sobre investimentos em criptomoedas no Twitter e em diversos aplicativos de conversa tais como o Discord. Somente no Telegram, ele tinha 10 mil membros.

De acordo com a denúncia, Spence, de 24 anos, criou um esquema ponzi e arrecadou de forma ilegal US$ 5,37 milhões de 170 investidores entre 2017 e 2019.

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Para atrair vítimas, o trader repassava balanços e informações falsas em grupos de conversa e afirmava que conseguia lucros de até 148% em um mês. Ele dizia que aplicava os recursos em fundos de bitcoin e altcoins na exchange BitMEX.

“Spence solicitou esses investimentos por meio de falsas informações, incluindo, entre outras, de que os tradings de criptomoedas tinham sido extremamente lucrativos”, disse o agente especial do FBI, Brandon Racz, na denúncia.

Porém, segundo o documento, Spence estava perdendo dinheiro. Para cobrir os furos, ele usava recursos de investidores novos para pagar clientes antigos, como costuma ocorrer em um esquema de pirâmide financeira.

Esquema do trader

“Para ocultar suas perdas comerciais, Jeremy Spence usou novos fundos de investidores para pagar outros investidores em um estilo ponzi. No total, Spence distribuiu US$ 2 milhões em criptomoedas para investidores com fundos previamente depositados por outros investidores”, falou o agente do FBI.

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O trader responde por fraude de commodities e fraude eletrônica, que são crimes financeiros. Caso seja condenado por todas as acusações, ele pode pegar até 30 anos de prisão.

No Brasil, há diversos casos parecidos de promessas de ganhos com salas de sinais disfarçados de vendas de cursos. Um dos casos mais famosos ocorreu em novembro do ano passado quando o falso day trader Vinicius Ibraim desapareceu com o dinheiro dos clientes.

Ele também oferecia um produto cuja rentabilidade prometida era de 2% ao mês, embora não houvesse nenhum tipo de registro na Comissão de Valores Mobiliário. Ibraim chegou a prometer fazer os pagamentos, mas não pagou ninguém. Ele é alvo de pelo menos 25 processos na Justiça.

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