Imagem da matéria: Criador da Midas Trend, Deivanir Santos, era líder da pirâmide BBOM
Imagem: Reprodução

“Bbom é séria e idônea, a maior empresa de marketing multinível do mundo”, afirmou há cerca de sete anos, Deivanir Santos, criador da Midas Trend, quando era líder da pirâmide financeira Bbom com o irmão Devanney Santos.

Àquela altura, a empresa já era investigada pela Justiça. Deivanir, que nas imagens aparece bem mais jovem, recrutava pessoas para a Bbom com uma equipe chamada ‘Vogue’.

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Ele fez então um vídeo para defender o negócio — e nos mesmos moldes das recentes lives com os clientes da Midas Trend:

“Eu quero dizer uma coisa pra você que duvidou sequer um segundo da nossa empresa, você vai se assustar (com) o que ela vai fazer com a vida dos brasileiros, com a minha vida, com a vida da sua família”.

O vídeo é de agosto de 2013, mas o discurso hoje na Midas não mudou muito.

Em dezembro do ano passado, ou seja, mais de seis anos depois, se referindo à Midas Trend e pedindo confiança no negócio, Deivanir disse o seguinte:

”Companhia que mudou a sua vida, que vem mudando a sua história, que pegou você quando não tinha esperança, não tinha expectativa, você não sabia como ia quitar aquele carro, ia quitar aquele apartamento, como você ia colocar sua família numa casa melhor…”.

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Do rastreador Bbom ao robô Midas

Na Midas Trend Deivanir ‘evoluiu’ com a criação de um suposto robô de arbitragem — à la Atlas Quantum — chamado ‘botmidas’ e que fazia rendimentos milagrosos em poucos meses — “invista R$ 8.000 e receba R$ 80.000”. 

Já o disfarce da Bbom na época era o de marketing multinível. O truque, aliás, acabou se tornando um clássico dentre tantos golpes no Brasil.

Dentre eles, a recente 18K Ronaldinho, com suposto envolvimento de Ronaldinho Gaúcho, e a extinta Telexfree (cujo dono foi preso nesta semana).

Vale lembrar que negócios na modalidade marketing multinível não são proibidos, tanto que existem grandes empresas nesse ramo — Avon e Natura por exemplo. Mas nesses casos, o faturamento vem da venda dos produtos reais e não da entrada de pessoas.

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Isca da Bbom

O produto que supostamente alimentava o negócio da BBom era um rastreador de veículos. No entanto, segundo a Justiça, como em outros casos de pirâmide financeira, essa seria apenas uma isca para recrutar novos associados.

Deivanir praticamente endeusava o presidente da Bbom, João Francisco de Paulo, que também já apareceu em vídeo defendendo com unhas e dentes seu negócio de rastreadores.

Midas Trend deixou o Brasil

A única forma de receita da Midas Trend era a comercialização da afiliação. Os investidores investiam reais com a promessa de retorno garantido.

Sem pagar seus clientes há meses, a Midas Trend saiu do Brasil, como prometeu em janeiro deste ano, Deivanir Santos. O anúncio foi feito durante uma live no Instagram.

A culpa, segundo ele, foi de um suposto boicote dos bancos com a empresa. A empresa, contudo, já vinha retendo saques dos clientes desde outubro.

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Na época, Santos havia culpado a Urpay pelos atrasos e ameaçado os clientes que estavam reclamando dos atrasos, falando que os prejudicados seriam eles mesmos caso a empresa parasse de pagar.

Os problemas só pioraram desde então. Para tentar amenizar o caos, Santos fazia novas lives e promessas a cada nova semana.

Em uma das últimas, o presidente disse que todos iriam receber até 31 de dezembro de 2019. Na semana seguinte, sem cumprir a promessa, Santos voltou a vender seu robô de arbitragem para continuar levantando dinheiro.

Durante essa semana, rumores apontam que um grupo de clientes está organizando uma manifestação pública contra a empresa.


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