Pirâmide montada com notas de dólar
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O Tribunal de Justiça do estado de Oregon, nos EUA, indiciou na quarta-feira (22) quatro russos acusados de promover um esquema Ponzi – uma pirâmide financeira – com Ethereum (ETH) chamado Forsage que arrecadou US$ 340 milhões (cerca de R$ 1,7 bilhão) dos investidores em vários países.

Os réus, que aplicaram o golpe por meio de uma plataforma DeFi e que estavam na mira da SEC desde o ano passado, podem pegar até 20 anos de prisão, afirmou o Departamento de Justiça (DoJ) em comunicado.

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Segundo o DoJ, os russos Vladimir Okhotnikov, Olena Oblamska,Mikhail Sergeev e Sergey Maslakov usaram as redes sociais para promover “agressivamente” oportunidades de investimentos com supostos altos retornos. Os acusados recebiam ETH dos investidores através das blockchains da Ethereum, Binance Smart Chain e Tron.

No entanto, quando o investidor alocava valor na rede descentralizada, o contrato inteligente o desviava automaticamente para pagar os investidores mais antigos, ou seja, um clássico esquema de pirâmide financeira.

Como resultado dos desvios, 80% dos investidores da Forsage receberam menos do que do que investiram e mais de 50% nunca receberam nada, apontam as investigações das inteligências do FBI e da Homeland Security Investigations (HSI) de Nova York.

“Esses indivíduos usaram tecnologia moderna combinada com uma linguagem sem transparência para enganar os investidores com seu dinheiro suado”, comentou  Ivan J. Arvelo, um dos encarregados da HSI. Ele acrescentou:

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“A tecnologia pode mudar, mas os golpes permanecem os mesmos e, com a colaboração de todos os nossos parceiros, podemos ver através das promessas falsas e trazer os esquemas à tona”.

SEC acusou empresa de Ponzi há seis meses

Em agosto do ano passado, os russos Okhotnikov, Oblamska, Sergeev e Maslakov e mais sete pessoas viraram alvos de denúncias na SEC — agência dos EUA equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil, por promoverem o esquema fraudulento. As denúncias, no entanto, eram do ano de 2020.

Na época, também foi revelado que os acusados agiam a partir da Rússia, da Geórgia e da Indonésia e que parte dos divulgadores da pirâmide agiam dos estados americanos da Flórida, Illinois, Mississippi e Kentucky.

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