Imagem da matéria: EUA confiscam R$ 2,3 bilhões em ações da Robinhood que estavam com criador da FTX
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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos apreendeu 55 milhões de cotas de ações da Robinhood que estavam em posse de Sam Bankman-Fried (SBF), o criador e ex-CEO da FTX. Na sexta-feira (6), a ação da empresa fechou o dia a US$ 8,25, o que faz com que o montante de ações seja equivalente a US$ 456 milhões (cerca de R$ 2,3 bilhões).

Segundo o Coindesk, as ações da Robinhood popular plataforma de venda e compra de ações no varejo estavam no nome de uma holding que tem como donos Sam Bankman-Fried e Gary Wang, um dos fundadores da FTX.

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A Justiça dos Estados Unidos alega que os ativos “constituem propriedades envolvidas em violações” em crimes de lavagem de dinheiro e fraude. Bankman-Fried está enfrentando oito acusações de fraude bancária, conspiração e lavagem de dinheiro decorrentes do colapso da FTX e da Alameda Research. Os reguladores acusam SBF de canalizar fundos de clientes da FTX para a Alameda Research para encobrir trades ilegais.

Na sexta-feira (6), os representantes de SBF exigiram o executivo mantivesse parte das ações da Robinhood para pagar por sua defesa jurídica, citando a jurisprudência dos EUA que concluiu que a incapacidade financeira de se defender pode constituir “dano irreparável” à parte afetada.

SBF adquiriu sua participação de 7,6% da Robinhood por meio de sua holding Emergent Fidelity Technologies em maio de 2022, que na época valeria cerca de US$ 600 milhões, de acordo com o registro na Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).

Em junho de 2022, a imprensa internacional passou a noticiar que Sam Bankman-Fried avaliava comprar 100% da Robinhood, mas o plano acabou não indo em frente.

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Documentos divulgados em dezembro de 2022 pela Justiça das Bahamas mostraram que Sam Bankman-Fried fez empréstimos usando dinheiro da subsidiária Alameda Research – e potencialmente de clientes – para comprar individualmente ações da Robinhood.

Doações em dúvida

Um dos grandes planos de SBF para moldar sua imagem diante da opinião pública era fazer doações milionárias e se postar como filantropo. Agora, a nova direção da empresa tenta retomar uma parte do dinheiro que foi prometido para caridades. As informações são do jornal The Washington Post.

O fundador da corretora fez acordos com 110 entidades diferentes em um total de US$ 160 milhões. Os projetos contemplados abarcavam empresas que desenvolvem vacinas e ONGs, incluindo organizações brasileiras.

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