Exposições sobre os sentimentos do criador e ex-CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, continuaram a ser revelados nesta semana, com a divulgação pela imprensa de tweets escritos pelo executivo, mas que não chegaram a ser publicados. Desta vez, uma confissão ilustrou como estava o estado emocional do empresário de 31 anos: “Eu realmente não sei o que significa felicidade”.
A frase faz parte de um novo achado de escritos feitos por SBF desde o fim do ano passado, quando veio à tona o colapso da FTX. Segundo o site CoinDesk, que divulgou os textos nesta sexta-feira (29), as mensagens sugerem que, com a proximidade do julgamento de SBF na Justiça americana, ele pode estar tentando criar uma nova imagem para si mesmo ao discutir abertamente sua saúde mental.
Depois de voltar das Bahamas para os EUA, ser solto e preso mais uma vez, SBF agora se prepara para passar pelo que promete ser o maior julgamento de um empresário do mercado de criptomoedas até agora. A audiência está marcada para o dia 3 de outubro.
De acordo com trechos dos novos textos revelados, o ex-empresário provavelmente iria tornar público que sofre tanto de depressão quanto de anedonia, que se refere à incapacidade de sentir prazer.
Ele diz que percebeu pela primeira vez que algo estava errado com sua saúde mental ainda no colégio:
“Eu já vivia há 16 anos. E de alguma forma, nunca durante esses anos eu realmente me perguntei o que me fazia feliz. Nada acontece… E no final das contas eu realmente não sei o que significa ‘felicidade’. Nenhum de nós realmente sabe. Mas o que todo mundo descreve — não é algo que eu sinta.”
Ele também descreve que toma um antidepressivo chamado EmSam que o ajuda a manter o foco e a organização. No mês passado, enquanto estava sob custódia no Metropolitan Detention Center, no Brooklyn, seu advogado afirmou que SBF não estava recebendo seus medicamentos.
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SBF diz ser “indiferente quanto à falta de luxo”
Há duas semanas, também, vieram à tona vários escritos feitos por ele desde sua prisão domiciliar em dezembro do ano passado. Na ocasião, SBF disse que se sentia “quebrado” e “uma das pessoas mais odiadas no mundo”.
Os tweets não foram publicados porque a certa altura das investigações, a Justiça dos EUA o proibiu de acessar redes sociais.
Em março deste ano, por exemplo, o então Twitter não estava entre os sites aprovados que Sam Bankman-Fried tinha permissão de acessar enquanto estava confinado na casa de seus pais em Stanford, Califórnia, cumprindo prisão domiciliar.
Em um dos rascunhos, descreve o CoinDesk, SBF sugere ser indiferente quanto à falta de luxo. “Eu nunca gostei de coisas sofisticadas. Eu gostaria de pensar que é porque seria egoísta, mas, honestamente, muito disso é porque coisas sofisticadas não me farão feliz de qualquer maneira. Porque nada acontecerá”.
Sam Bankman-Fried está preso aguardando julgamento, tendo sido acusado de uma vários crimes, incluindo fraude eletrônica, lavagem de dinheiro, uso indevido de fundos de clientes e violações da lei de financiamento de campanha.
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