Imagem da matéria: Ethereum enfrenta divisão por falta de consenso entre operadores de nodes; entenda
Foto: Shutterstock

Na manhã desta sexta-feira (27) aconteceu uma bifurcação acidental na blockchain do Ethereum (ETH) provocada por operadores de nó que ainda rodam uma versão desatualizada do Go-Ethereum (Geth), o cliente de software mais popular do Ethereum.

Isso significa que atualmente a blockchain Ethereum está processando duas cadeias simultaneamente, a principal e uma paralela que se não eliminada, poderia causar um ataque de gasto duplo, segundo o Decrypt. Nessa ofensiva, a mesma criptomoeda é gasta mais de uma vez já que a transação é substituída pela cadeia alternativa.

Publicidade

Conforme mostrou o Portal do Bitcoin no início da semana, o Geth tinha um bug de alta gravidade no seu código que poderia fazer com que mais da metade de todos os operadores de nó do Ethereum não fossem mais capazes de processar a blockchain.

Para corrigir o bug, os desenvolvedores do Ethereum Foundation lançaram a versão v1.10.8 na terça-feira e pediram que todos os operadores de nó atualizassem imediatamente, o que não aconteceu.

De acordo com dados do Ethernodes, 54% de todos os operadores de nó do ETH está com uma versão inferior a v1.10.8 do Geth — o que significa que mais da metade da rede está  operando em um software vulnerável.

Um cliente Ethereum é um software que os usuários podem baixar para verificar as transações na rede. Pelo fato do Geth ser o cliente de software do Ethereum mais utilizado no mundo,  utilizado por 74% de todos os validadores, erros no seu código são críticos para o bem-estar da rede. 

Publicidade
ethereum divisão de cadeias
Apenas 28% dos operadores da Geth estão atualizados. (Fonte: ethernodes.org)

Há uma corrida agora para pressionar os operadores de nó a atualizar o mais rápido possível para que o problema seja resolvido.

De acordo com o desenvolvedor Tim Beiko, três grandes pools de mineração de Ethereum —Binance, BTC.com e Flexpool.io — rodavam até essa manhã uma versão desatualizada do Geth, intensificando a falta de consenso da rede que gerou a divisão da cadeia. Após o alerta, o BTC.com informou no Twitter que concluiu a atualização.

Bug da Geth já dividiu blockchain do ETH

Essa não é a primeira vez que acontece uma divisão na cadeia do Ethereum provocada por um bug do Geth. Em novembro do ano passado, a blockchain do ETH se dividiu temporariamente porque um grande número de nodes não atualizaram para uma versão do Geth lançada na época que corrigia um bug crítico no código.

Da mesma forma que agora, a falta de consenso entre os operadores fez a cadeia se dividir em uma versão mais longa e uma versão mais curta. Quando isso acontece normalmente, os nodes aderem à versão mais longa. Mas naquele momento, os nodes que não foram atualizados ficaram com a cadeia maior, processando blocos diferentes e incompatíveis com outras versões da blockchain.

Publicidade

Antes do problema ser resolvido, diversas corretoras e carteiras de Ethereum tiveram seus serviços impactados porque dependiam da infraestrutura do Infura, que estava desatualizado na época.

VOCÊ PODE GOSTAR
cão e sapo que representam memecoins

DOGE, PENGU e PEPE lideram alta das memecoins, enquanto Bitcoin se mantém acima de US$ 117 mil

Impulsionadas pela alta do Bitcoin, as memecoins estão decolando novamente neste final de semana
Empresário dono da Fiji Solutions, Bueno Aires, falando ao microfone

Justiça reduz em 15 anos pena de criador da pirâmide financeira Fiji Solutions

A empresa captava recursos sem autorização da CVM enquanto prometia pagamentos expressivos por meio de operações com criptomoedas
fachada do Deutsche Bank em Düsseldorf, Alemanha

Um dos bancos mais antigos da Alemanha lançará serviços com criptomoedas

Deutsche Bank e o grupo bancário Sparkassen-Finanzgruppe lançarão serviço de custódia e negociação de criptomoedas na Alemanha
Imagem da matéria: Mineradora de ouro entra na onda da tesouraria em Bitcoin

Mineradora de ouro entra na onda da tesouraria em Bitcoin

A estratégia de manter reservas em Bitcoin, adotada pela jovem mineradora, segue um padrão já comum entre empresas sob pressão financeira