Os ETFs de Bitcoin à vista listados nos EUA acumularam rapidamente dezenas de bilhões em ativos, atingindo a metade do valor detido pelos ETFs de ouro em tempo recorde.
Desde o lançamento em janeiro de 2024, os ETFs de Bitcoin atraíram entradas substanciais, totalizando US$ 23,89 bilhões e US$ 70 bilhões em ativos líquidos totais, segundo dados do SoSoValue.
Em comparação, o total de ativos líquidos dos ETFs de ouro listados nos EUA é de US$ 137,3 bilhões, de acordo com os dados mais recentes do World Gold Council.
Isso significa que, em apenas 10 meses, os ETFs de Bitcoin à vista acumularam mais de 50% dos ativos detidos pelos ETFs de ouro, que existem há duas décadas.
A rápida adoção de ETFs de Bitcoin reflete a aceleração do interesse geral nas criptomoedas, com entradas diárias recentes variando de US$ 192 milhões a até US$ 893 milhões.
“Não há dúvida de que os ETFs de BTC foram bem recebidos, quebrando todos os recordes de entrada à medida que avançam”, disse Ryan McMillin, diretor de investimentos da gestora de fundos cripto Merkle Tree Capital, ao Decrypt.
Em comparação, os ETFs de ouro, que foram lançados em 2004, há muito tempo representam uma proteção estável contra a volatilidade do mercado e a inflação.
“É difícil comparar fluxos absolutos, pois os 20 anos entre os lançamentos incluem muita inflação”, acrescentou McMillin.
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Os ativos são frequentemente comparados por suas funções como “portos seguros”, sendo o ouro valorizado por sua estabilidade histórica e o Bitcoin cada vez mais visto como uma contraparte digital devido à sua oferta finita e independência dos sistemas financeiros tradicionais.
Jurrien Timmer, diretor de Macro Global da Fidelity Investments, frequentemente caracteriza o Bitcoin como “ouro exponencial”, destacando sua rápida curva de adoção e escassez inerente.
Sua perspectiva sugere que a proposta de valor do Bitcoin vai além do tradicional “ouro digital”, enfatizando seu potencial como uma reserva de valor impulsionada pelo crescimento da rede e pela oferta limitada.
Seja qual for o caso, o Bitcoin surgiu como o ativo de melhor desempenho de 2024, subindo 65% no acumulado do ano para US$ 69.533. O ouro também demonstrou um forte desempenho, com os preços subindo 16%, para US$ 2.746,09 por onça.
Apesar de o maior criptoativo do mundo ter caído cerca de 4% nesta sexta-feira, McMillin ainda vê o Bitcoin terminando o ano com força.
“Vimos algumas liquidações, que podem ser fundos maiores reavaliando seus portfólios para obter alguns ganhos, ou muito provavelmente pode ser um pouco de volatilidade à medida que nos aproximamos das eleições nos EUA”, disse ele.
“Eu não esperaria que caíssemos muito mais aqui, não sem um catalisador sério”, acrescentou McMillin.
*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.
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