Imagem da matéria: Estudante de medicina acusado de golpe de pirâmide financeira reclama das ameaças que vem recebendo
Estudante de medicina Henrique Sepúlveda. (Foto: TV Bahia/Reprodução)

A Polícia Civil da Bahia investiga um suposto golpe de pirâmide financeira comandado pelo estudante de medicina Henrique Sepúlveda, que ficou conhecido nas redes sociais como trader da IQ Option. O prejuízo aos investidores pode ser da casa de R$ 7 milhões.

Segundo informações publicadas pelo G1 na terça-feira (7), o esquema, que consistia em captar dinheiro alheio e prometer até 7% de rendimento ao mês em troca, teria feito pelo menos 150 vítimas em Jequié, cidade que fica no sudoeste baiano.

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De acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), dentre as vítimas estão empresários, políticos e policiais, que foram convencidos de que se tratava de um negócio lícito. O esquema, segundo o site, teria durado cerca de dois anos e meio.

Ameaça de morte

O advogado do acusado, João Rios, disse que seu cliente teve que mudar de endereço após ter recebido ameaças de morte e que inclusive teria sofrido crime de sequestro, juntamente com sua namorada.

Rios alega que Sepúlveda não foi atrás dos investidores e sim procurado por eles para atuar como gestor financeiro após se destacar com trader de opções binárias da plataforma IQ Option. No entanto, de acordo com uma das vítimas, o suspeito teria se apresentado como dono de uma empresa de investimentos, disse o site.

O advogado alegou também que seu cliente não praticou qualquer ato com a intenção de lesar alguém e que as negociações que eram consideradas extremamente lucrativas passaram a apresentar perdas consideráveis devido a “intempéries do mercado financeiro e oscilações naturais desses tipos de operações”. Uma família teria tido um prejuízo de R$ 1 milhão, relata a reportagem.

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Polícia ouve vítimas

“Nos últimos meses veio esse transtorno”, disse uma das vítimas ao canal Jequié Urgente no Youtube. Segundo o investidor, que pediu para não ser identificado, ele começou no negócio com R$ 1 mil e foi aportando mais dinheiro até chegar aos R$ 50 mil. Outra vítima disse que aportou mais de R$ 60 mil.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR). Segundo informações do delegado Nadson Pelegrini ao G1, a maioria das vítimas tinha algum conhecimento do mercado financeiro e mesmo assim preferiu deixar o dinheiro nas mãos de Sepúlveda. Elas alegam que por ser um trader experiente, ele poderia gerar maiores lucros.

Henrique Sepúlveda pode responder por estelionato, crimes contra a economia popular, contra o mercado de capitais, contra a ordem econômica e contra o Sistema Financeiro Nacional. Segundo a SSP, as partes já estão sendo ouvidas desde o último dia 26.

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