Imagem da matéria: Economista chama a criptomoeda do Facebook de "dinheiro falso"
Foto: Shutterstock

Em um novo artigo chamado “Dinheiro falso do Facebook“, o economista Thorsten Polleit conta a investida do Facebook no mercado das criptomoedas por meio de seu token Libra.

Libra não é dinheiro

A principal crítica do economista é que a libra não pode ser considerada boa pelo simples fato de ser dependente de moedas fiduciárias. “As moedas fiduciárias são inflacionárias; eles enriquecem alguns à custa de muitos outros. A emissão de moedas fiduciárias causa distorções nos mercados de crédito, o que provoca bolhas especulativas e desencadeia booms e colapsos, e por último mas não menos importante, as moedas fiduciárias levam as economias ao superendividamento”.

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“Dinheiro sadio” é um termo que evoluiu ao longo dos anos. Onde antes poderia se referir exclusivamente a moedas de ouro, agora pode se referir a coisas como Bitcoin.

Para Polleit, a Libra representa uma ameaça ao setor bancário. Em uma audiência no congresso americano, a deputada de Nova York, Carolyn Maloney, perguntou: E se muito dinheiro for para Libra e for retirado do sistema bancário tradicional?

“Os bancos tradicionais têm boas razões para se preocupar. A Libra está prestes a desviar transações de contas bancárias e colocá-las nas mãos da Libra Association. Não os bancos, mas a Associação por trás da Libra coletará as taxas e receberá dados preciosos sobre quem paga o quê, quando e onde. Os bancos ficarão ainda mais distantes se os clientes começarem a usar a Libra também para fins de poupança. Porque então eles também perderiam os depósitos e poupança com os quais refinanciam seus balanços a baixo custo. Ou pense no negócio de crédito: a Libra pode, em algum momento, também fornecer a seus clientes empréstimos de curto prazo ao consumidor.”

O que é a Libra

O Facebook anunciou a criação da criptomoeda Libra no dia 18 de junho, juntamente com uma associação, a Libra Association.

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A entidade vai supervisionar o novo produto da rede social que será aberto a outras empresas, como já anunciadas, por exemplo, a Visa e Mastercard, ou fundos de investimentos bilionários, como Andreessen Horowitz.

De acordo com o white paper da Libra, tanto a blockchain como uma carteira para a nova criptomoeda serão lançados em 2020. A subsidiária ‘Calibra’ será a responsável.

Conforme publicação, a rede blockchain terá pelo menos 100 nodes, sendo que 28 já estão fechados com o projeto.

De acordo com a empresa, a carteira digital para a Libra estará disponível no Messenger, WhatsApp e em um aplicativo independente para realização de pagamentos e transferências globais via blockchain.


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