Na manhã desta segunda-feira (04) uma notícia mexeu com o mundo das redes sociais: Elon Musk, CEO da Tesla e SpaceX, comprou 9% das ações do Twitter. Essa ação fez com que a Dogecoin (DOGE), criptomoeda escolhida pelo bilionário como preferida, disparasse em uma alta de até 10% — que pouco depois baixou para 6%.
Elon Musk assumiu mais precisamente 9,2% do Twitter. Isso foi o suficiente para que as ações da empresa saltassem 25%.
O empresário já havia dado sinais de que estava para se envolver de forma mais profunda no Twitter: no dia 26 de março ele publicou: “Considerando o fato de que o Twitter serve como a praça para debate público de fato, a falha em aderir aos fundamentos da livre expressão prejudica a democracia. O que deve ser feito?”, questionou.
Dias antes Musk havia tuitado se “era necessária uma nova plataforma”. Ao que tudo indica o empresário viu que a melhor forma é, em vez de construir uma nova rede, fazer os reparos que entende ser necessários no Twitter.
Elon Musk e Twitter
Em janeiro deste ano, Musk criticou o Twitter por lançar um novo recurso que permite que usuários usem tokens não fungíveis (ou NFTs, na sigla em inglês) como fotos de perfil.
O bilionário empreendedor tuitou que a iniciativa mais recente era “irritante” e criticou a gigante rede social por falhar em limpar “spambots” da plataforma, que postam links de promoções e sorteios cripto fraudulentos.
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“O Twitter está gastando recursos de engenharia nessa m***a enquanto golpistas cripto estão fazendo a festa com spambots em cada tuíte!?”, tuitou.
A empresa sediada na cidade americana de São Francisco anunciou que estava apresentando um novo recurso que permite que usuários verifiquem a propriedade dos NFTs usados como fotos de perfil.
Elon Musk e Dogecoin
Em dezembro do ano passado, Musk explicou sua preferência pela criptomoeda meme Dogecoin ao invés do Bitcoin durante a sua participação no podcast de Lex Fridman.
De acordo com Musk, o principal problema do bitcoin é que ele não é “ótimo” no ponto de vista de quantas transações suporta e o tempo que leva para processá-las na rede.
“Tem um problema fundamental do bitcoin, na sua forma atual, que é o seu volume de transação muito limitado e a latência para uma transação ser confirmada, o tempo é muito maior do que você gostaria”, explica o bilionário. “Talvez seja útil para resolver um aspecto do problema do dinheiro de reserva de riqueza ou contabilidade, mas não é útil como moeda do dia a dia”.
Neste quesito de moeda para ser usada como meio de pagamento é que a Dogecoin ganha do bitcoin na visão do empresário.
“Parte da razão que eu vejo um mérito na Dogecoin, mesmo que obviamente ela tenha sido criada como uma piada, é que ela tem uma capacidade de volume de transação maior do que o bitcoin e o custo das taxas são muito baixas. Se você quiser fazer uma transação de bitcoin agora, o preço seria muito alto, então você não poderia usar de forma efetiva para a maioria das coisas”, comparou.