Imagem da matéria: Japão pretende conceder status legal aos criptoativos, afirma jornal local
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O Japão planeja reclassificar as criptomoedas como produtos financeiros e implementar restrições contra o uso de informações privilegiadas, semelhantes às aplicadas aos mercados financeiros tradicionais, segundo reportagem do Nikkei neste domingo (30).

Para essas mudanças, a Agência de Serviços Financeiros do Japão (FSA) pretende submeter uma legislação ao parlamento já em 2026, após consultas a portas fechadas com especialistas da indústria.

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As alterações propostas visam revisar a Lei de Instrumentos Financeiros e Câmbio, posicionando os ativos digitais de forma diferente dos valores mobiliários, mas reconhecendo suas características de investimento.

Embora os critérios específicos sobre as restrições ainda estejam sendo considerados, o Nikkei informa que eles provavelmente “se assemelharão” ao que já está em vigor para “produtos financeiros convencionais”.

A Lei de Instrumentos Financeiros e Câmbio do Japão regula valores mobiliários e instrumentos financeiros, classificando-os como “Valores Mobiliários do Parágrafo I” (como ações e títulos) ou “Valores Mobiliários do Parágrafo II” (como interesses em fundos fiduciários e participações societárias).

A lei estabelece exigências regulatórias distintas para ofertas públicas e privadas, sendo que as ofertas públicas geralmente exigem o registro de declarações de valores mobiliários e relatórios contínuos.

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Enquanto isso, os esquemas de investimento coletivo — categoria na qual as blockchains de prova de participação (proof-of-stake) podem se enquadrar — são usados para securitização imobiliária no Japão. Esses esquemas exigem o registro dos operadores, com isenções específicas disponíveis apenas para investidores institucionais qualificados.

Essa mudança regulatória ocorre no momento em que o Japão se abre para a adoção das criptomoedas, estabelecendo novos marcos e reconhecendo como o uso das criptos se expandiu de simples meios de pagamento para instrumentos de investimento e outros usos, o que leva os reguladores a repensar como supervisionam o setor.

Investimentos em cripto são tributados em até 55% no país, enquanto produtos financeiros como ETFs sofrem apenas 20% de imposto sobre ganho de capital, segundo Jay Jo, analista sênior da Tiger Research, ao Decrypt.

Com melhores medidas de segurança e uma tributação mais baixa, alinhada ao tratamento dado aos produtos financeiros, isso pode “atrair mais instituições para os investimentos em cripto”, afirmou Jo.

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No final do ano passado, parlamentares japoneses pediram aos reguladores que considerassem a criação de uma Reserva Nacional de Bitcoin. O país também abriga a Metaplanet, uma empresa de tesouraria de Bitcoin que já adquiriu 3.350 BTC e planeja expandir ainda mais essa quantia.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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