Bitcoin e bandeira da coreia do sul
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Clientes na Coreia do Sul podem perder o acesso a diversas corretoras de criptomoedas. Autoridades estão reprimindo empresas estrangeiras sob alegação de que elas podem estar operando no país sem se registrar adequadamente.

Cerca de 16 das fornecedoras não registradas foram identificadas por oferecer serviços a sul-coreanos sem se registrarem com as autoridades competentes, de acordo com um comunicado à imprensa emitido pela Comissão de Serviços Financeiros (ou FSC, na sigla em inglês) local nesta quinta-feira (18).

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Uma unidade de inteligência da FSC denunciou as plataformas à autoridade investigativa do país e pediu que o acesso nacional a seus sites fosse bloqueado.

As corretoras em questão são KuCoin, MEXC, Phemex, XT.com, Bitrue, ZB.com, Bitglobal, CoinW, CoinEX, AAX, ZoomEX, Poloniex, BTCEX, BTCC, DigiFinex e Pionex.

Segundo a FSC, essas plataformas visavam clientes sul-coreanos com sites no idioma coreano e apresentavam promoções para esses cidadãos.

A autoridade alertou que corretoras não registradas não tinham proteções, como sistemas certificados de gestão de segurança da informação, que são requisitos da lei coreana. A falta dessas proteções poderia resultar em violações de segurança.

A penalidade por operar atividades comerciais ilegais de empresas não registradas na Coreia do Sul é de até cinco anos de prisão ou uma multa máxima de 50 milhões de wons coreanos (ou US$ 38 mil).

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Unidades de inteligência nos respectivos países de origem das fornecedoras também serão informadas.

A linha-dura da Coreia do Sul às criptomoedas

Autoridades sul-coreanas fortaleceram a supervisão ao mercado de criptomoedas nos últimos meses, principalmente após o colapso da stablecoin terrausd (UST) e do token nativo LUNA do Terraform Labs.

Em julho, houve batidas em escritórios de corretoras cripto locais, incluindo Upbit e Bithumb, como parte de uma investigação sobre a possibilidade de o CEO do TerraLabs, Do Kwon, ter intencionalmente causado o colapso do ecossistema Terra.

A casa do cofundador do TerraLabs, Daniel Shin, também foi invadida.

Enquanto isso, foi aberta uma investigação sobre transferências digitais estrangeiras e ilegais focadas no famoso “prêmio Kimchi” para o preço do bitcoin — em que a criptomoeda é mais cara na Coreia do Sul em comparação a outros mercados e traders aproveitam essa oportunidade de arbitragem, justamente lucrando com a diferença no preço.

*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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