Conselho do Twitter recomenda que acionistas aprovem venda da empresa para Elon Musk

Os conselheiros concluíram que que a venda é aconselhável e justa tanto para o Twitter quanto para seus acionistas
Figuras de um joinha e do logo do Twitter penduradas em um varal lado a lado

Foto: Shutterstock

O Conselho de Administração do Twitter recomendou por unanimidade que os acionistas aprovem a proposta de venda da companhia para o bilionário Elon Musk em uma futura assembleia. O documento com a recomendação e com os trâmites que envolvem o acordo foi registrado nesta terça-feira (21) na Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), que regula o mercado acionário do país.

De acordo com os conselheiros, a recomendação ocorre “após [a equipe] considerar os fatores descritos mais detalhadamente na declaração de procuração”. Conforme descreve o texto, o Conselho concluiu que o acordo de fusão é aconselhável e justo à empresa e aos acionistas e que por isso endossa, por unanimidade, o contrato de incorporação.

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Um trecho do documento que tanto dá as orientações quanto endossa a venda do Twitter à empresa de Musk, resume-se assim: 

“O Conselho de Administração do Twitter recomenda unanimemente que você vote:

(1) “EM FAVOR DE” a adoção do acordo de fusão; 

(2) “EM FAVOR DE” a remuneração que será ou poderá vir a ser paga pelo Twitter aos seus diretores nomeados em conexão com a fusão; 

(3) “EM FAVOR DE” o adiamento da assembleia extraordinária, de tempos em tempos, para data ou datas posteriores, se necessário ou apropriado, para solicitar procurações adicionais se não houver votos suficientes para adotar o acordo de incorporação no momento da assembleia extraordinária”.

A aquisição do Twitter pelo bilionário Elon Musk vem se mostrando complexa desde abril deste ano, quando já parecia estar tudo certo para a fusão. Em um evento organizado pela Bloomberg em Doha, Musk indicou que ainda há três questões a serem resolvidas para fechar a compra: número de contas falsas de usuários, financiamento para o negócio e aprovação dos acionistas, disse o jornal El País na manhã desta terça.

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Elon Musk e Twitter

No dia 25 de abril veio a notícia que o Twitter havia concordado em ser adquirido em uma conversão de US$ 54,20 por cada ação, totalizando na época US$ 44 bilhões. 

Na ocasião, Musk afirmou que “a liberdade de expressão é um pilar da democracia, e o Twitter é a praça pública digital onde se debatem os assuntos mais importantes para o futuro da humanidade”.

O acordo foi celebrado por vários players importantes do mercado de criptomoedas, como “CZ” Zhao, da Binance, que disse esperar pela eliminação de spams no microblog, e Jack Dorsey, fundador do Twitter, que disse estar feliz com o fato de a rede social “saindo das mãos de Wall Street”.

No entanto, algumas divergências começaram a ‘melar’ o negócio. No início de maio, o homem mais rico do mundo suspendeu temporariamente o processo de compra da plataforma social

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Segundo ele na época, o negócio foi suspenso por conta da espera de detalhes sobre a porcentagem de contas fakes e spams na plataforma, estimados pela companhia em menos de 5% dos usuários.

No início deste mês, Musk ainda lidava com as divergências, chegando a ameaçar a desistência do acordo se a empresa não fornecesse os dados que ele deseja sobre contas falsas na plataforma.

No dia 08, o Twitter finalmente concordou em fornecer todos os dados gerados na rede social, incluindo o registro de todos os tuítes, dando mais um passo adiante nas negociações.