Imagem da matéria: O que disseram os grandes empresários das criptomoedas sobre a compra do Twitter por Elon Musk
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Fechada na segunda-feira (25), a compra do Twitter por Elon Musk afeta intensamente o mundo as criptomoedas. O CEO da Tesla é um notório admirador de tokens registrados em blockchain; Jack Dorsey, criador da rede, é um maximalista do Bitcoin; e a comunidade cripto há tempos elegeu a plataforma como local de debate, anúncios e brigas – ainda que fóruns como o Reddit continuem atraindo segmentos do setor.

Assim, a reação das principais “celebridades” do mundo das criptomoedas foi bastante positiva frente ao anúncio da conclusão do negócio. Veja abaixo como os nomes mais conhecidos do setor se posicionaram.

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“CZ” Zhao, da Binance

Uma das promessas de Musk é acabar com contas robô e spams. Esse fator foi apontado por Changpeng “CZ” Zhao, CEO da Binance, ao celebrar a comprar. “Mal posso esperar pela limpeza dos spams nos comentários”, disse o empresário.

Quando Musk ainda estava nas negociações, CZ tuitou no dia 14 de abril falando do que imagina ser o caminho caminho mais acertado para mudanças : primeiro privatizar a empresa (no sentido de ter um dono único), emitir um token e descentralizar; além disso, cobrar pelo símbolo de conta verificada para diminuir a quantidade de spams e esquemas fraudulentos. E, na sequência, o uso de NFTs e de ferramentas do Metaverso.

Jack Dorsey, criador do Twitter

Quem também se manifestou foi Jack Dorsey, fundador do Twitter. O empresário, que não está mais no comando da empresa, disse estar feliz com o fato de ela estar “saindo das mãos de Wall Street” e que acredita que Elon Musk irá encampar a “missão de levar a luz da consciência”.

Dorsey também afirma que o objetivo do CEO da Tesla de criar uma plataforma que é confiável de forma maximizada e amplamente inclusiva é o caminho certo.

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“Estou muito feliz que o Twitter irá continuar a servir ao debate público”, disse.

Presidente de El Salvador

Outra figura proeminente do mercado cripto que comemorou a compra foi Nayib Bukele, presidente de El Salvador que transformou o Bitcoin como moeda de curso legal no país em 2021.

Bukele fez primeiro uma publicação simples comemorando a notícia.

Depois, republicou um post da Reuters que divulga uma reportagem sobre preocupações de associações de Direitos Humanos com um possível aumento do discurso de ódio na rede social. Bukele publicou uma risada e disse “vai Elon”.

O episódio ilustra os dois lados da personalidade do presidente de El Salvador. Por um lado, ele se diz defensor absoluto das liberdades, em especial a de expressão; por outro, apresentou uma lei que censura a imprensa local em reportagens sobre o crime organizado, conforme aponta reportagem do El Pais.

Sam Bankman-Fried, da FTX

O CEO da FTX, Sam Bankman-Fried “SBF”, mostrou mais contido com o negócio. O dono da corretora focou seu debate sobre como a moderação de conteúdo na plataforma pode mudar.

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Para SBF, se a moderação passar de como está agora para um critério arbitrário de Elon Musk, será pior. Também não será bem vinda uma política de nenhuma moderação, já que isso abriria espaço para itens como propaganda terrorista.

“Mas eu acho existem melhores coisas para serem feitas aqui, e o Elon talvez possa fazer. No geral, acho que o certo seria algo como ‘não existe uma única política de moderação’. Acho que todas as interfaces devem ter moderação para evitar terrorismo, mas, fora isso, pode ser uma opção do consumidor”.

Michael Saylor, da MicroStrategy

O mega investidor Michael Saylor, CEO da MicroStrategy, maximalista de Bitcoin, retuitou um post da Bitcoin Magazine com uma sugestão de melhoria que ele deu para a rede social no dia 27 de março deste ano.

O bilionário, assim com seus pares, mostra que sua principal preocupação é encontrar uma maneira de diminuir a quantidade de robôs que operam na rede social.

“O Twitter pode resolver o problemas dos fraudadores e robôs se permitir que seres humanos de verdade paguem 50 mil satoshis via Lightning Network [equivalente a 20 dólares naquele momento] para ter um símbolo laranja de verificado. Daí podemos limitar os comentários e mensagens diretas [inbox] para contas verificadas. Usuários com más intenções perdem o depósito e o Twitter se monetiza com ações maliciosas”.

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Fundador da Dogecoin

Inicialmente, Elon Musk se mostrou empolgado com o Bitcoin, mas voltou atrás por conta de questões ambientais – a mineração de BTC consome muita energia e o empresário diz que só irá voltar a usar a moeda quando estiver seguro que a fonte dessa eletricidade é limpa.

Isso acabou fazendo com que Musk olhasse para outros lados no mercado e adotasse a Dogecoin (DOGE). O empresário tuíta constantemente sobre a criptomoeda e já colocou alguns produtos da Tesla para serem vendidos pelo token.

Esse interesse de Musk por Doge fez com que houvesse uma aproximação natural no Twitter com o criador do token, Billy Markus. Ambos interagem muito na rede social, com um respondendo ao outro quase sempre que o assunto é cripto.

Markus diz estar confiante que a gestão de Musk irá resolver muitos problemas do Twitter e foi mais um que citou a necessidade de uma “limpa nos bots”.

Fernando Ulrich

Um dos principais influencers de criptomoedas no Brasil, Fernando Ulrich publicou que agora “o Twitter está seguro”, retuitou um post de Elon Musk falando sobre a liberdade de expressão como pedra fundamental de uma sociedade livre e um meme do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dançando com a novidade (o político foi banido de forma permanente da plataforma em janeiro deste ano por incitar a violência, segundo a empresa).

Jeff Bezos

Uma importante reação que não está ligada diretamente ao mundo cripto foi a de Jeff Bezo, CEO da Amazon. O empresário questionou em seu perfil se a empresa estaria agora mais atrelada aos interesses da China.

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O raciocínio de Bezos (seguindo um tuíte feito por outro usuário) é que a China é o segundo maior mercado para os carros elétricos da Tesla (atrás dos Estados Unidos) e fabricantes de bateria chineses são os maiores fornecedores da empresa.

“Minha própria resposta para isso é que provavelmente não. O resultado mais provável é que haja mais complexidade para a Tesla na China do que censura para o Twitter”.

A rede social foi banida da China em 2009.

Vale lembrar que, oficialmente, o Twitter ainda não é de Elon Musk. O empresário ainda precisa passar por algumas etapas burocráticas internas da companhia, como votação no conselho de acionistas, e também obter a aprovação das autoridades antitruste dos EUA. A expectativa dos analistas, no entanto, é que não haja maiores dificuldades nessas etapas. O negócio deve ser formalizado até o final de 2022 – para alegria da maior parte da comunidade cripto.

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