Celebridade da internet nega envolvimento em escândalos com criptomoedas

Razzlekhan foi acusada de participar de hack de US$ 4,5 bilhões da Bitfinex em 2016; ela agora diz que não toma parte de mais nenhum projeto do setor
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(Foto: Reprodução/YouTube)

Após seis meses de silêncio, a suposta lavadora de bitcoin (BTC) Heather Morgan, também conhecida como Razzlekhan, declarou que ela não está mais envolvida com criptomoedas ou tokens não fungíveis (ou NFTs, na sigla em inglês).

Em seu primeiro tuíte desde o dia 6 de fevereiro deste ano, Morgan afirmou, com uma clara convicção de que “qualquer projeto cripto ou NFT que use meu nome ou minha imagem é um esquema e eu não o apoio”.

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I am not involved in any crypto project. Any crypto or NFT project bearing my name or likeness is a scam that I do not endorse.

— Heather “Razzlekhan” Morgan (@HeatherReyhan) August 23, 2022

Antes de seu confronto com a justiça, Morgan também era uma espécie de celebridade, conhecida por fazer rap com seu pseudônimo Razzlekhan, seu trabalho como contribuidora na revista Forbes e por fornecer serviços de consultoria ao setor de cibersegurança.

O Departamento Federal de Investigações dos EUA (ou FBI) acusou Morgan e seu marido Ilya Lichtenstein de conspiração para cometer lavagem de bilhões de dólares em fevereiro de 2022, cuja quantia está relacionada ao infame hack à corretora cripto Bitfinex em 2016.

119.756 BTC — aproximadamente US$ 72 milhões — foram roubados da corretora por meio de uma violação de segurança e os ativos foram metodicamente lavados via diversos mercados, incluindo AlphaBay e Hidra, nos anos seguintes.

O hack foi um dos maiores da história da indústria, perdendo apenas para Mt. Gox.

Razzlekhan e o hack à Bitfinex

Uma investigação do FBI confiscou os fundos em fevereiro de 2022 que, na época, equivaliam a cerca de US$ 4,5 bilhões.

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O FBI alegou que Morgan e Lichtenstein “implementaram inúmeras técnicas sofisticadas de lavagem” para evitar identificações financeiras.

Incluem o registro de identidades falsas em contas on-line, usando programas de computação para automatizar transações em massa, “quebrando o fluxo de fundos” ao espalhar depósitos entre diversas corretoras na dark web, e fez “chain-hopping” ao converter bitcoin em outros ativos digitais, dentre outras técnicas.

Segundo um documento do Departamento de Justiça dos EUA (ou DOJ) no dia 8 de fevereiro, acusações de lavagem de dinheiro desse nível podem garantir uma “sentença máxima de 20 anos de prisão” enquanto a “conspiração por fraude nos Estados Unidos […] possui uma sentença máxima de cinco anos de prisão”.

Lichtenstein e Morgan foram presos e acusados, mas foram liberados sob fiança por um juiz federal após pagarem US$ 8 milhões.

O julgamento do casal ainda está sob andamento e seu destino será determinado por um juiz federal em uma data que ainda será definida.

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*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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