Imagem da matéria: Casascius: Conheça o 'bitcoin físico' mais caro já produzido
(Foto: Steve Jurvetson/Flickr)

O projeto de bitcoin físico ‘casascius’ quase vingou, não fosse a intervenção dos reguladores americanos no mesmo ano em que eles eram criados, em 2011.

Na época, os bitcoins físicos resgatáveis estavam ganhando reputação entre os primeiros entusiastas. Hoje, uma moeda de casascius não passa de um artigo raro, porém alguns milionários.

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Um morador de Sandy, Utah, nos Estados Unidos, chamado Mike Caldwell, colocou à venda os bitcoins físicos naquele mesmo ano, notou a Coindesk. Em apenas um lote, ele cunhou 19.800 moedas com endereços de prefixos 12 e 13, para 0,5 BTC e 1 BTC, respectivamente, de um total de 27.995 rastreadas recentemente.

O nome “casascius” veio de acrônimo da frase “call a spade a spade” (chame uma pá de pá), expressão que significa falar clara e diretamente sobre um determinado assunto.

Cada moeda de casascius contém a chave do valor digital atribuído a uma determinada conta de bitcoin. Embora as moedas sejam projetadas para refletir o valor relativo de uma conta, elas funcionam, na verdade, como contêineres.

(Reprodução Youtube)

Um código de oito caracteres do lado de fora da moeda corresponde aos oito primeiros caracteres de um endereço bitcoin individual, que é atribuído especificamente àquela moeda. A “chave privada” da conta de bitcoin individual é incorporada em um cartão dentro de cada moeda.

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O bitcoin ‘conectado’ a cada casascius é acessível apenas à pessoa que possui a chave privada da moeda física, ou seja, para acessá-lo é necessário retirar uma película que cobre a moeda para ter o restante do código e assim ter acesso ao bitcoin digital.

O design da moeda inclui uma etiqueta de holograma que quando é retirada evidencia a violação da chave privada. Assim que é descolada, a película fica com o aspecto de um favo de mel, denunciando que a moeda foi usada.

É muito difícil remover o holograma sem expor um padrão evidente de adulteração da “colmeia”, notou a Coindesk.

No entanto, no quesito segurança a casascius deixa a desejar, visto que qualquer pessoa em posse da moeda pode sacar os btcs. Outro ponto é como saber se ela é ou não verdadeira.

Debatendo com um usuário no Twitter, e questionado sobre ‘segurança’, o americano Melik Manukyan, que é engenheiro de rede e criador de uma ferramenta que rastreia casascius, comentou.

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“As moedas de casascius não são sobre segurança, elas são um item de arte histórica [e colecionável] muito raro. Concordo que elas têm padrões de segurança terríveis, já que elas não são nada mais do que uma simples chave privada por trás de um holograma”, notou o Bitcoinist.

(Reprodução Youtube)

As moedas mais valiosas do mundo

As casascius voltaram a ser assunto nesta semana nas redes sociais, quando a maioria dos entusiastas trataram as de 1000 BTC que ainda não foram resgatadas como as moedas mais valiosas do mundo (ou lendárias), considerando que das seis unidades criadas apenas duas foram resgatadas.

De acordo com a ferramenta de Manukyan, as duas moedas de 1000 btcs foram sacadas em 2013, quando, na ocasião, o Bitcoin registrava, até então, sua maior alta na história.

No Twitter, Manukyan escreveu:

“As moedas de Casascius um dia se tornarão os itens mais valiosos do mundo. Aqui está um gráfico mostrando sua taxa de resgate e crescente escassez. Somente cerca de 20% foram resgatados ou destruídos até agora”.


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