Imagem da matéria: Empresa vai construir parque eólico no Saara para mineração de bitcoin e criptomoedas com energia renovável
(Foto: Pixabay)

A empresa de computação americana Soluna vai construir uma usina de energia eólica de 900 Megawatts em Dakhla, uma cidade no Saara Ocidental administrada por Marrocos, visando fazer da mineração de bitcoin e criptomoedas uma atividade com energia renovável.

De acordo com a Reuters, a construção que vai iniciar no ano que vem está programada para ser concluída em cinco anos, com a possibilidade de conectar a energia da fazenda à rede nacional do Marrocos.

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O custo para o projeto será entre US$ 1,4 bilhão e US$ 2,5 bilhões e além da Soluna, a empresa nova-iorquina Brookstone Partners também será financiadora. O grupo vai à procura de empresas institucionais para firmar mais parcerias.

A Soluna será a primeira a financiar o projeto com US$ 100 milhões na fase inicial, o que vai prover cerca de 36 megawatts por meio de energia eólica — a transformação da energia do vento em energia útil, como os moinhos de vento.

O novo parque eólico, primeiramente nomeado ‘primeira empresa de infraestrutura blockchain do mundo em escala de serviços públicos movida a energia renovável’, será construído num espaço de 37.000 acres.

“Nossa visão é impulsionar o blockchain com energia limpa e renovável que possuímos e controlamos. A empresa atenderá à crescente demanda por energia para impulsionar as atuais redes blockchain crescentes”, disse o CEO da empresa, John Belizaire, segundo um comunicado de imprensa ao Business Wire.

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À medida que a mineração de Bitcoin cresce, o custo e a demanda de energia elétrica para executar as operações estão causando uma série de problemas para as comunidades locais e grupos ambientais.

Devido ao alto consumo de energia da atividade, os mineradores estão continuamente procurando por comunidades onde a energia é barata e o consumo de energia em centros de mineração vem sendo fonte de críticas já a algum tempo.

A Digiconomist, uma plataforma de análise de criptomoeda, estimou em junho que a mineração de bitcoin usava aproximadamente 71 TWh (terawatts/hora), atualmente 73 TWh, o equivalente a quase 10% do uso anual de energia da China, segundo a Reuters.

A Soluma pretende construir 36 megawatts de capacidade até 2020 e espera criar os 900 MW nos próximos cinco anos. O novo parque eólico em Marrocos deverá ser uma operação fora da rede, e a Soluna pretende se integrar à rede em meados de 2019.

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A empresa está buscando um vice-presidente de energia para liderar uma equipe que inclui profissionais de engenharia, licenciados, construção, operações, qualidade e segurança, e será responsável da empresa no Marrocos.

Demanda por eletricidade preocupa

Recentemente, o economista Alex de Vries implantou uma nova metodologia para determinar o uso de energia do Bitcoin daqui a alguns anos, e os resultados estimados são certamente surpreendentes.

Vries fez uso de modelos econômicos complexos, juntamente com os custos de eletricidade disponíveis publicamente e estatísticas de mineração, com a intenção de produzir um artigo científico que as empresas e indivíduos possam basear suas pesquisas.

De acordo com ele, o requisito mínimo mundial do Bitcoin é de 2,55 gigawatts, cerca de 0,5% do consumo total de eletricidade do mundo. E segundo ele, como a atividade de mineração tende a crescer, futuramente pode chegar a consumir 5% do total de eletricidade do mundo.

Ele observou:

“Você está gerando números o tempo todo e as máquinas que você usa para isso usam eletricidade. Mas se você quiser obter uma fatia maior do bolo, você precisa aumentar seu poder de computação. Então, há um grande incentivo para as pessoas aumentarem o quanto gastam em eletricidade e em máquinas”.

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O que é mineração


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