Imagem da matéria: Cade rejeita novo recurso de Itaú e Rede em processo da 'guerra das maquininhas'
Foto: Divulgação

O Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) rejeitou mais um recurso das defesas do Itaú Unibanco e Redecard num processo que ficou conhecido como “guerra das maquininhas”.

Segundo a assessoria do Cade, o recurso — chamado de “embargos de declaração” — foi contra decisão do órgão que manteve medida preventiva desfavorável às empresas.

Publicidade

No recurso, as empresas alegaram que a decisão do Cade foi tomada considerando dados do Banco Central que mostram que o banco tem 30% de participação no mercado de depósitos à vista. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o embargo argumentava que a participação do Itaú em junho de 2019 era inferior a 12%.

O conselho, no entanto, decidiu por unanimidade que o recurso não deveria ser acolhido. “Não há erro nos relatórios do Banco Central, que utiliza informações das próprias empresas. A alegação de erro material não se sustenta”, afirmou o conselheiro relator do caso, Maurício Bandeira Maia.

De acordo com o portal da revista Exame, Itaú e Rede divulgaram nota após a decisão do Cade. As empresas defenderam sua nova política comercial, “que desonerou o setor produtivo, equiparou o prazo de liquidação aos padrões internacionais, incrementou a concorrência e beneficiou o pequeno e médio empreendedor”, sem infringir a ordem econômica.

Itaú e Rede no Cade

As duas empresas são acusadas de prejudicar a concorrência com uma suposta oferta casada de recebíveis. A sentença, deliberada na quarta-feira (05), é a segunda decisão contra as empresas.

Publicidade

No mês passado, em resposta ao Despacho n.° 51/2020, assinado pelo Superintendente-Geral Substituto Kenys Menezes Machado, as defesas do Itaú Unibanco e Redecard decidiram não apresentar testemunhas para processo.

No despacho, Machado havia concedido cinco dias adicionais para que Itaú e Rede qualificassem as testemunhas que pleitearam. Determinou, também, que as instituições apresentassem informações solicitadas anteriormente.

O documento foi então protocolado cerca de um mês após o Cade manter medida preventiva contra as empresas. Na ocasião, o órgão estipulou uma multa diária de R$ 500 mil.

Sobre a campanha, a defesa alegou que era necessário considerar que a campanha afetou apenas uma parte bastante reduzida dos clientes da Rede.

Publicidade

Disse, também, que a antecipação limitava-se a pagamentos no crédito à vista, o que correspondia a apenas 3,4% do volume de pagamentos.

Cade viu campanha anticompetitiva

A proibição da oferta do produto ocorreu por conta de uma campanha que ofertava ao credor os recebíveis de cartões em dois dias, ante aos habituais 30 dias, e sem cobrança de taxas.

No entanto, para receber o benefício, o credor teria de ser cliente das duas empresas, ou seja, só beneficiava clientes de ambas instituições.

Como a Rede é controlada pelo Itaú, o Cade entendeu a ação como “venda casada”, um tipo de oferta proibida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Foi sobre esse quesito que a concorrência começou a agir e viu na campanha, iniciada em abril de 2019, uma tentativa de barrar o livre mercado, o que ficou conhecido a “guerra das maquininhas”. O Cade então agiu.

Publicidade

Não foi a primeira vez

Em 2018, o Cade fez acordo com o Itaú e a Rede para encerrar um processo que avaliava práticas anticoncorrenciais, como a recusa de permitir acesso a outras credenciadoras. O banco pagou, então, R$ 21 milhões para encerrar a investigação.

Havia suspeita de contratos de exclusividade com estabelecimentos comerciais e práticas como venda casada, retaliação e discriminação na cobrança de tarifas.


BitcoinTrade: Depósitos aprovados em minutos!

Cadastre-se agora! Eleita a melhor corretora do Brasil. Segurança, Liquidez e Agilidade. Não perca mais tempo, complete seu cadastro em menos de 5 minutos! Acesse: bitcointrade.com.br

VOCÊ PODE GOSTAR
Logotipo do token CorgiAI

Mercado Bitcoin lista token CorgiAI

O ativo é ligado a projeto que usa utiliza inteligência artificial para criar uma comunidade de entusiastas no ecossistema cripto
homem segura com duas mãos uma piramide de dinheiro

Polícia do RJ investiga grupo acusado de roubar R$ 30 milhões com pirâmide financeira

Para ganhar a confiança dos investidores, a empresa fraudulenta fazia convites para assistir jogos de futebol em camarote do Maracanã
Rafael Rodrigo , dono da, One Club, dando palestra

Clientes acusam empresa que operava opções binárias na Quotex de dar calote milionário; dono nega

Processos judiciais tentam bloquear R$ 700 mil ligados à One Club, empresa de Rafael Rodrigo
Glaidson Acácio dos Santos, o "Faraó do Bitcoin"

Livro sobre a ascensão e a queda do “Faraó do Bitcoin” chega às livrarias em maio

Os jornalistas Chico Otávio e Isabela Palmeira contam sobre o golpe de R$ 38 bilhões do Faraó do Bitcoin que usou criptomoedas como isca