martelo de juiz com logo da ftx no fundo
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Ray Nasser, o CEO da empresa de mineração de criptomoedas Arthur Mining, está organizando uma operação para que investidores brasileiros que perderam mais de US$ 100 mil na FTX, tentem recuperar parte do patrimônio por meio de uma ação legal.

O empresário pretende coordenar uma ação coletiva, tipo de processo judicial no qual o autor da ação é um grupo de várias pessoas ou empresas que tem o mesmo interesse. Nasser fez a convocação nesta quarta-feira (16) no Twitter:

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O executivo disse ao Portal do Bitcoin que não viu ninguém no Brasil tomando uma medida parecida e que está trabalhando com uma consultoria de Londres para saber qual o melhor caminho.

“A minha empresa tem zero exposição a FTX, mas precisamos ser solidários com os que nos apoiaram todos estes anos entre investidores e parceiros e ajudá-los o máximo possível. Muita gente foi lesada”, afirma Nasser.

Sobre detalhes de como a ação iria se desenrolar, o brasileiro diz que as autoridades que devem ser procuradas são as dos Estados Unidos ou Bahamas, o país caribenho onde está localizada a sede da corretora. “Todas as empresas estão conectadas e se enrolaram transferindo dinheiro de uma para outra. Ao meu ver, um processo iria atrás de todas elas e de seus diretores respectivamente”, diz.

Nasser diz conhecer muitos atores do mercado financeiro e de capitais que sofreram grandes perdas com a quebra da corretora de Sam Bankman-Fried.

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“A FTX era a maior exchange do hemisfério oeste, não asiática. Muita gente veio me perguntar e eu quero ajudar. Já participei no passado de ações coletivas e tenho experiência nisso”, ressalta.

Quebra da FTX

A FTX enfrenta uma profunda crise de liquidez que a levou a parar de pagar os clientes na semana passada. Para tentar se salvar, a corretora tentou ser adquirida pela concorrente Binance. CZ arriscou a compra da empresa, mas acabou desistindo.

A FTX era uma das maiores corretoras do mundo e seu colapso jogou o mercado cripto em de suas crises mais profundas.

No sábado (12), SBF foi interrogado pela polícia e pelas autoridades reguladoras do setor financeiro das Bahamas. Isso foi um dia após o pedido de recuperação judicial das empresas do grupo nos EUA.

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A crise aconteceu porque a FTX usava dinheiro de seus clientes para cobrir buracos na corretora ou na Alameda Research, firma parceira. SBF criou até uma rota secreta para movimentar fundos e a agência de notícias Reuters afirma que US$ 1 bilhão sumiram dos registros da empresa.

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