O projeto do token do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), o BNDESToken, criado na rede Ethereum, já foi finalizado e deve começar a funcionar ainda neste mês. Conforme publicação do Estadão, o banco quer acompanhar empréstimos feitos a ONGs ambientais e patrocínios culturais com blockchain.
Desde o ano passado o órgão vem trabalhando em uma ferramenta via blockchain com o objetivo de ampliar a transparência nas operações financeiras.
A solução começou a ser desenvolvida através da iniciativa de funcionários de tecnologia da informação (TI) do banco. Ela tem como foco permitir o rastreamento da aplicação de recursos públicos em financiamento a entes públicos ou operações com recursos não reembolsáveis.
Token do BNDES
De acordo com o Estadão, o piloto do BNDESToken está previsto para iniciar com a produtora de cinema Elo Company, que participou de uma prova de conceito.
No teste, a empresa simulou o pagamento de quatro roteiristas na fase inicial do desenvolvimento de um documentário. Após isso, o software do BNDES está passando por uma fase de ajustes.
A presidente da produtora, Sabrina Nudeliman, acredita que a solução chega em um momento importante do cenário brasileiro.
Ela disse:
“Justamente no momento em que se questionam as prestações de contas e se pede mais transparência, o blockchain vem responder a essa demanda (da sociedade)”.
E acrescentou:
“Com a plataforma blockchain, meu fornecedor faz a prestação de contas em tempo real”.
BNDESToken vai valer R$ 1
Segundo o Estadão, em linhas gerais, o token substitui o dinheiro nas transações, como um voucher, no valor de R$ 1 cada. “A transação é completada quando o fornecedor vai ao BNDES e troca os tokens por reais, recebendo o pagamento do banco e não da empresa contratante”, diz a reportagem.
Desta forma, cada transação fica registrada e é possível criar regras para as transferências, como, por exemplo, definir o limite de gasto para alimentação de uma equipe. Neste caso, só poderão ser gastos os tokens emitidos apenas para este fim, “evitando desvios de finalidade”, diz o site.
Waze do dinheiro público
Daniel Tonacci, assessor da diretoria da Ancine (Agência Nacional do Cinema), comparou o novo sistema do BNDES ao aplicativo de navegação Waze.
“É um Waze do dinheiro público, no qual conseguimos acompanhar para onde vai, onde engargala, qual sua velocidade”, disse.
Vanessa da Rocha Santos Almeida, gerente no departamento de Desenvolvimento de Sistemas do BNDES, ressaltou a imutabilidade da tecnologia blockchain e o que ela vai representar na prestação de contas.
“Apresentamos as informações e fazemos com que a sociedade consiga olhar as transações sem que o BNDES coloque uma camada no meio”, disse. Ela é um dos cinco desenvolvedores do BNDESToken.
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