“Bitcoin é a escolha lógica para sistemas de Inteligência Artificial”, diz Arthur Hayes

Resistência à censura, escassez e consumo de energia; esses são os motivos que tornam a maior criptomoeda o caminho mais natural para movimentar a AI, segundo criador da BitMEX
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Arthur Hayes (Foto: Divulgação/BitMex)

Arthur Hayes — o cofundador da corretora BitMEX e CIO de um fundo de investimento familiar, o Maelstrom — argumentou em uma nova publicação em um texto publicado na quinta-feira (06) que o Bitcoin (BTC) seria a escolha mais lógica para serviços fornecidos por Inteligência Artificial (AI, na sigla em inglês).

Ele baseia sua argumentação em três pilares fornecidos pela maior criptomoeda: resistência à censura, escassez e consumo de energia.

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Neste artigo, Arthur Hayes considera três opções de escolhas possíveis para um sistema de AI: Ouro, Moeda Fiduciária e o Bitcoin.

Segundo o empresário e investidor, um sistema de Inteligência Artificial, que existe em ambiente digital, obrigatoriamente precisaria utilizar um sistema de dinheiro também digital. Assim, ele exclui o ouro das possíveis escolhas.

Além disso, qualquer tentativa de utilizar representações digitais do ouro, segundo ele, obrigatoriamente criaria uma ameaça de censura, por existir algum tipo de administração central deste token. O mesmo se aplicaria para as moedas fiduciárias, mesmo em seu formato digital (CBDC ou PayPal), ou mediante stablecoins.

Ambos, segundo Hayes, também falham no segundo pilar: escassez.É possível encontrar novas fontes de ouro no planeta terra e no universo, bem como emitir novas moedas fiduciárias com facilidade.

Pilares do Bitcoin

O cofundador da BitMex então afirma que Bitcoin é a única moeda capaz de satisfazer, não os dois pilares iniciais, sendo um sistema mais resistente à censura e mais escasso do que os outros dois. Isso porque seu sistema roda em uma blockchain descentralizada e é programado para uma criação máxima de 21 milhões de unidades.

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Arthur Hayes também trata do terceiro pilar, argumentando que a criação de novas unidades de BTC, diferente das outras duas opções, é completamente dependente do alto consumo de energia e computação de dados. O que, segundo ele, colabora com a garantia dos dois pilares iniciais.

Nisso, o autor explica que energia e computação de dados são algo não apenas naturais a um sistema de Inteligência Artificial, mas necessários para sua existência.

“Uma AI requer dois recursos críticos para existir e persistir: dados e poder computacional”, escreve Hayes. “Esses dados devem estar hospedados em algum lugar. O que a hospedagem exige? Computadores consumindo eletricidade.”

No entanto, o mesmo se aplica para a rede do Bitcoin. Cujos mineradores competem entre si no consumo de energia — algumas vezes dificultando a rentabilidade de pequenos mineradores. E também na utilização de “chips” e equipamentos computacionais, vitalmente necessários para ambos mineradores e sistemas de Inteligência Artificial.

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Arthur Hayes não comentou no artigo sobre como a competição pelos mesmos recursos escassos poderia impactar qualquer um dos dois sistemas, conforme ambos continuem tentando crescer. Ou mesmo se outras criptomoedas, também resistentes à censura e escassas, poderiam ser escolhidas pelas AIs.

O investidor acredita que os serviços prestados por Inteligência Artificial precisarão pagar seus próprios fornecedores — sejam eles provedores de dados, infraestrutura ou energia.

“Enquanto a AI estiver viva, ela deve pagar constantemente por esses serviços.” E é nesta suposição, onde as AIs escolheriam o Bitcoin para, segundo Hayes, aumentar sua eficiência no pagamento das taxas por estes serviços, em um sistema resistente à censura, escasso e baseado no consumo de energia.