Bitcoin dispara e ultrapassa R$ 150 mil; o que está por trás da alta

Valorização do bitcoin em real supera os 410% em 2020
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Foto: Shutterstock

Bitcoin segue em forte tendência de alta e, às 8h30 neste domingo (27), superou a marca de R$ 150 mil no Brasil. Em dólar, a criptomoeda já é negociada acima dos US$ 28 mil.

Somente em 2020, o preço do BTC valorizou 410% em real, contando com uma grande ajuda da desvalorização do real, que levou o dólar de R$ 4 para R$ 5,20. A valorização do bitcoin em dólar é de 290%.

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A disparada do preço se intensificou nas últimas duas semanas, após o bitcoin romper os US$ 20 mil pela primeira vez na história. A última vez que o BTC havia se aproximado desse patamar foi em 2017. Apenas no últimos dez dias, a valorização superou os 40%.

Porque o bitcoin valorizou tanto em 2020

2020 foi um ano movido pelo capital institucional entrando no mercado de bitcoin. O bonde foi puxado pela MicroStrategy, empresa de bussiness inteligence listada na bolsa de valores americana. Em setembro, o CEO da empresa, Michael Saylor, anunciou a compra de US$ 425 milhões em BTC. Nos meses seguintes, ele seguiu comprando e já acumula mais de US$ 1,1 bilhão (que atualmente viraram US$ 1,8 bi).

A seguradora americana MassMutual foi outra que investiu US$ 100 milhões em bitcoin. O CEO do Twitter também comprou US$ 50 milhões em bitcoin através da Square, empresa de pagamentos na qual é cofundador.

Essa tendência está sendo seguida por diversos grandes players do mercado tradicional, que estão vendo o bitcoin como uma reserva de valor e hedge contra o dinheiro fiduciário.

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A entrada dos investidores institucionais é sem dúvida o principal motivo para a disparada do bitcoin. No bull run anterior, em 2017, a valorização da criptomoeda foi sustentada pelo varejo, sobretudo por pequenos investidores da Ásia.

Além disso, a Tether também superou a marca de US$ 20 bilhões em valor de mercado, o que é visto como uma métrica de novo dinheiro fiduciário entrando no mercado de criptomoedas.

Movimento agora é de popularização até mesmo de serviços — em novembro a gigante PayPal passou a permitir que seus clientes negociassem bitcoin.