O Bitcoin atingiu um novo preço recorde acima de US$ 109 mil nesta quarta-feira (21), impulsionado por ventos favoráveis que elevaram as criptomoedas e outros ativos de risco ao longo dos últimos dois meses.
A maior criptomoeda em valor de mercado estava sendo negociada recentemente a US$ 109.378 na corretora Coinbase, com alta de 4,5% nas últimas 24 horas. Antes disso, o Bitcoin chegou a atingir US$ 109.500. Agora, o BTC acumula uma valorização de quase 25% no último mês.
“Bitcoin está avançando rumo a novas máximas com fortes ventos favoráveis — desde fluxos constantes para ETFs até uma mudança mais ampla no tom político”, afirmou Joe DiPasquale, CEO da gestora de ativos cripto BitBull Capital, ao Decrypt antes do novo recorde. “Estamos vendo um crescente interesse institucional e um renovado apetite por risco de forma generalizada.”
Ele acrescentou, com otimismo: “Isso não parece uma pressão de curto prazo — é uma demanda mais sustentada que reflete uma mudança estrutural na forma como os investidores estão enxergando o Bitcoin. Está deixando de ser uma aposta especulativa para se tornar uma alocação estratégica, sendo cada vez mais visto como um ativo macro com relevância de longo prazo, e não apenas uma aposta em tecnologia ou ciclos de hype.”
Os ganhos mais recentes ocorrem enquanto os investidores, animados pela recente retirada do presidente dos EUA, Donald Trump, de sua guerra comercial global e por dados encorajadores de inflação divulgados no início deste mês, voltaram a investir em ativos de risco.
O Bitcoin também se beneficiou da percepção de que pode funcionar como proteção contra incertezas macroeconômicas que ameaçam minar o valor do dólar americano.
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O Bitcoin havia atingido seu recorde anterior de US$ 108.786 no início de abril, em meio ao otimismo do mercado com a expectativa de que o recém-eleito presidente Donald Trump cumprisse suas promessas de apoio ao setor.
No entanto, o preço despencou para menos de US$ 75 mil à medida que os investidores se mostraram receosos com sua guerra comercial global e outras políticas econômicas que muitos analistas acreditavam que elevariam os preços e desacelerariam a economia global.
A reversão dessa tendência começou pouco depois da divulgação de dados animadores sobre a inflação e da retirada parcial de Trump das tarifas sobre seus principais parceiros comerciais. Os ganhos do Bitcoin e de outras moedas aceleraram no último mês, acompanhando os principais índices acionários.
O Ethereum e a Solana estão registrando ganhos semelhantes aos do Bitcoin no dia, ambas com alta de cerca de 4%, enquanto a Dogecoin supera o desempenho do Bitcoin com uma valorização de 6%, e a Cardano sobe 5%.
A disparada histórica do Bitcoin nesta semana ocorre em meio à crescente demanda por ETFs de Bitcoin, com quase US$ 1 bilhão em aportes nesses fundos já registrados nesta semana após apenas dois dias de negociações, segundo dados da Farside Investors. Empresas de capital aberto como a Strategy e a Metaplanet continuam a adquirir a principal criptomoeda para seus caixas corporativos.
* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
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