Depois de quase quebrar sua máxima histórica na semana passada, chegando a superar o nível de US$ 73 mil, o Bitcoin (BTC) perdeu força e agora está em torno dos US$ 68 mil, com o mercado atento às eleições nos Estados Unidos nesta terça e também a decisão de juros no país, na quinta.
Como destaca Beto Fernandes, analista da Foxbit, a expectativa de volatilidade para o Bitcoin se confirmou ao longo da semana passada. “No gráfico diário, a gente não só vê candles altos, como também muitos pavios deixados para ambos os lados. Este comportamento mostra que o investidor estava indeciso nesses dias de operações”, explica.
E diante dos grandes eventos desta semana, o analista projeta que os próximos dias permaneçam com uma oscilação semelhante.
“Além dos candles, a estrutura de preços permanece em uma tendência de alta (seta laranja no gráfico abaixo), com uma sequência de topos maiores e fundos maiores. Mas a perspectiva de uma correção mais acentuada não está fora do radar. Afinal, há a possibilidade de fazermos um ombro-cabeça-ombro, que acompanharia, então, a linha cinza no gráfico diário”, avalia Fernandes.
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Apesar dessa projeção, ele diz que dois fatores podem impedir esta queda. O primeiro deles é que o preço está usando como suporte uma antiga resistência de preços, nos US$ 68,2 mil, enquanto o outro é o RSI (Índice de Força Relativa), que permanece em uma tendência de alta de longo prazo.
“A definição deste movimento pode acontecer em breve, já que a banda de Bollinger está cada vez mais estreita. Geralmente, este movimento precede uma quebra de preços para cima ou para baixo”, continua o analista da Foxbit.
Já Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, afirma que, após quase bater sua máxima histórica, o Bitcoin “encontrou muita oferta vendedora”, levando ao atual movimento de queda dos últimos dias.
“Apesar da queda, o preço que o Bitcoin atingiu uma região de liquidez onde há demanda compradora. No entanto, ainda não entrou fluxo comprador forte, e por essa razão, há a possibilidade de continuidade de queda até os suportes de curto e médio prazo nos US$ 62.900 e US$ 61.900”, avalia ela citando ainda que as resistências de curto e médio prazo estão nas áreas de valor dos US$ 69.600 e US$ 71.715.
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