O preço do Bitcoin (BTC) pode estar 65% abaixo do seu recorde de US$ 69 mil registrado em novembro de 2021, mas está tendo um excelente mês de julho: a maior criptomoeda da indústria subiu 19% nos últimos 30 dias e poderá registrar o melhor mês desde 2021.
Neste momento, o criptoativo está sendo negociado a US$ 23.889, de acordo com o site CoinMarketCap. Isso representa uma valorização de 5,4% na semana. Porém, o mais importante é que a alta nos últimos 30 dias é a mais significativa desde outubro do ano passado.
Isso pode ser considerado como um sinal positivo, pois o bitcoin e o restante do mercado das criptomoedas foram bastante impactados pela crescente inflação e uma possível recessão em todo o mundo.
Conforme o Federal Reserve — o banco central dos EUA — aumentou a taxa de juros, os investidores estão se livrando dos ativos “de risco”, que incluem ações americanas, mas também o bitcoin (e outras moedas digitais), que têm a fama de serem voláteis.
De acordo com os dados desta sexta-feira (29), o bitcoin está tendo um desempenho além do esperado — e ainda está bastante alinhado com o mercado acionário dos EUA — um padrão comum observado em 2022.
Ações americanas subiram pelo terceiro dia seguido nesta sexta-feira e vão registrar seu melhor dia em quase dois anos à medida que investidores parecem menos assustados com a iniciativa do Fed em refrear a inflação.
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Ethereum segue em alta
E o bitcoin não é o único ativo digital que está tendo um bom mês: o Ethereum (ETH) agora está valendo US$ 1.726 — um aumento de 55,8% nos últimos 30 dias.
A alta da segunda maior criptomoeda do mercado pode estar relacionada à tão aguardada e iminente atualização da rede, conhecida como “Fusão”. Em setembro, possivelmente a blockchain do Ethereum terá migrado para um mecanismo de consenso mais energeticamente eficiente chamado proof-of-stake (PoS).
Essa atualização irá eliminar a necessidade de mineradores e, em vez deles, irá depender de validadores que vão manter a rede segura e processar transações ao bloquearem a criptomoeda nativa da blockchain. Alguns alegam que a fusão terá um efeito deflacionário na criptomoeda, o que anima a comunidade.
No entanto, esse rali de alta pode ser breve tanto para o bitcoin como o ether: se a inflação continuar alta e os criptoativos continuarem correlacionados com ações, o mercado de baixa pode continuar prejudicando investidores.
*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.
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