O preço do bitcoin continua operando em forte alta nesta terça-feira (24) após ter chegado ao maior preço dos últimos 60 dias no dia anterior.
Nas principais exchanges do mundo, de acordo com o Coinmarketcap, o preço médio já ultrapassou os US$ 8.000, cotação que não era vista desde o dia 22 de maio.
No Brasil, de acordo com o IPB, a cotação do Bitcoin está R$ 30.847 com uma alta diária de +3,26%, superando os R$ 30.000, feito que não ocorria desde o dia 7 de junho.
Julho está caminhando para ser o terceiro mês em 2018 que irá fechar em alta, com +24% até o momento. O primeiro semestre do ano teve uma queda de -48%.
O que está impulsionando a alta?
A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) está avaliando se deve ou não aprovar o ETF, que foi apresentado através do Chicago Board of Exchange (CBOE) pela VanEck, sediada em Nova York, e pela plataforma blockchain SolidX.
Se aprovado, um ETF de bitcoin significaria que as pessoas poderiam comprar bitcoins sem ter que lidar com exchanges, que muitas vezes lutam com regulamentações pesadas e falta de confiança pública.
Parece agora que o ETF de bitcoin deve ser aprovado, de acordo com um relatório não confirmado pelo ICO Journal no final da semana passada.
O site relata que duas fontes, uma na SEC e outra na Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities (CFTC), disseram estar “quase certas” de que o ETF de bitcoin será aprovado – uma decisão que muitos esperam em 15 de agosto.
“Eu chamaria [a probabilidade de aprovação] de 90% neste momento. Os mercados de criptomoedas ficaram mais calmos e os reguladores assistiram à falta de drama em torno dos [contratos] futuros de bitcoin em várias bolsas globais”, afirmou uma das fontes não citadas do ICO Journal, da CFTC. “A calmaria dos preços e a adoção do produto foi onde as conversas se concentraram. Em janeiro estávamos justificadamente preocupados com uma bolha e o dano que um produto rapidamente aprovado poderia atrair especuladores e criar perdas que levaram a processos judiciais significativos. Agora, esses fatores parecem estar mitigados de forma significativa”.
A segunda fonte do ICO Journal, da SEC, espera que a decisão chegue em setembro, mas ainda está otimista: “Eu esperaria um resultado positivo em setembro” – ou caso demore um pouco mais, é por estar sendo finalizados em linguagem regulatória maior no espaço cripto, disse ele.
Além disso, a notícia de que a BlackRock, a maior administradora de ativos do mundo, está interessada em bitcoin e nas criptomoedas, ainda está alimentando o mercado, com os investidores esperando que uma onda de dinheiro institucional impulsione a demanda por criptoativos.
Acompanhando a notícia da BlackRock, a nomeação de David Solomon como o novo presidente-executivo do Goldman Sachs na semana passada, que em junho disse que o banco de investimentos de Nova York está buscando acrescentar mais serviços de bitcoin e criptomoedas ao seu portfólio.
De acordo com Solomon, o Goldman Sachs já está oferecendo aos clientes derivativos negociados em bolsa vinculados ao bitcoin, mas em uma entrevista à Bloomberg ele disse que o banco deve “evoluir seus negócios e se adaptar ao meio ambiente”.
Como está o resto do mercado?
Apesar do maior destaque ser do bitcoin, diferente de ontem, o resto do mercado também está conseguindo seu espaço ao sol. Nos últimos sete dias, apenas Bitcoin e Stellar operaram com uma alta superior a 20%. IOTA e Binance Coin são as mais prejudicadas, com -9,19% e -8,57% respectivamente.
O valor de mercado das criptomoedas voltou aos US$ 300 Bilhões e o marketshare do bitcoin também atingiu seu maior nível em 2018, 47%.
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