Bitcoin (BTC) segue em baixa, Solana (SOL) segue em crise e Cardano (ADA) tem leve recuperação

Quedas abruptas parecem diminuir para Bitcoin (BTC), enquanto Cardano (ADA), Dogecoin (DOGE) e Shiba Inu (SHIB) já começam a subir
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Foto: Shutterstock

A turbulência no mercado de criptomoedas parece estar diminuindo, mesmo que o equilíbrio seja frágil e novas quedas possam acontecer em um cenário de extremo medo dos investidores.

O Bitcoin (BTC) opera de lado, em leve baixa de 0,6% nesta sexta-feira (7), sendo vendido a US$ 42.428, segundo dados do Coinmarketcap. Mas algumas das maiores altcoins mostram resiliência e já voltaram a operar em alta.

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A principal criptomoeda do mundo chegou a bater em US$ 41.237 no ponto mais agudo da crise que se iniciou na quarta-feira (5) e aprofundou na sexta (6).

O consenso na comunidade é que o gatilho para o derretimento do mercado foi descobrir que o Federal Reserve, Banco Central dos Estados Unidos, pretende aumentar a taxa de juros antes do que se imaginava. 

 O índice de Medo e Ganância (Fear and Greed, em inglês) está em “Extremo Medo”, mas melhorou um pouco de quinta para sexta.

Segundo o Índice de Preço do Bitcoin (IPB) a cotação da moeda está em R$ 243.276

Alteração no pódio

O terremoto provocou uma mudança importante no ranking das criptomoedas. A Binance Coin (BNB), que opera em queda de 1,7% e é vendida a US$ 454, perdeu a terceira colocação para a stablecoin da Tether (USDT).

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O valor de mercado (market cap) do USDT agora é de US$ 78 bilhões contra US$ 75 bilhões da BNB.

A troca de postos pode ter a ver com o fato de a CertiK, empresa líder no ramo de auditoria de códigos de criptomoedas, ter alertado a comunidade de um novo golpe de puxão de tapete (“rug pull”) orquestrado pelos desenvolvedores do Arbix Finance (ARBX).

Neste fraude, os golpistas vendem o projeto como algo legítimo e quando conseguem faturar dinheiro suficiente por meio da farsa, somem do mapa deixando o resto dos investidores no prejuízo.

O Arbix Finance surgiu no início de dezembro na Binance Smart Chain, dizendo ser um protocolo de yield farming, onde usuários podem travar seus tokens em pools de liquidez para ganhar rendimentos.

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Sequência de altas

Sétima maior criptomoeda em valor de mercado, Cardano (ADA) registra valorização de 1,4% e é vendida a US$ 1,23.

Logo em seguida, HEX, ocupante da oitava posição, opera em alta de 5,3%.

E na nona posição a já tradicional XRP, com alta de 2,3%.

Outra recuperação consistente é da Polygon (MATIC), que é atualmente a 15ª maior criptomoeda: o token cresce a uma taxa de 4% e é vendido a US$ 2.17.

Memecoins em recuperação

As duas mais famosas memecoins do mundo também já ensaiam recuperação.

Dogecoin (DOGE) e Shiba Inu (SHIB) mostram leve alta de 0,5%.

Ethereum em baixa

Já o Ethereum (ETH) continua com desvalorização acentuada. No momento da produção deste texto opera em queda de 3%, cotado em US$ 3.251.

A segunda blockchain mais importante do mundo vê notícias conflitantes sobre si mesma: enquanto diminui a margem de liderança do Bitcoin e sua mineração está com o maior nível de dificuldade da história, vê que competidores como Solana, Terra e Polkadot estão em estágio mais avançado do que ela quando tinha o mesmo “período de vida” (a análise foi feita pela consultoria Eletric Capital, como mostra a sequência de tuítes abaixo).

Altcoins e falha na Solana

Mas de forma geral o mercado continua muito abalado, com quedas de 5% da Solana (SOL), 4,9% da Terra (LUNA), 0,6% da Polkadot (DOT), 1,9 da Avalanche (AVAX) e 0,9% da Uniswap (UNI).

A queda da Solana parece ter uma explicação: a rede travou na quinta-feira (6). O perfil oficial @SolanaStatus, que rastreia a saúde do ecossistema da criptomoeda SOL, confirmou que a rede estava experimentando um “desempenho degradado”, causado por um aumento das transações de “alta computação”.

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Segundo a equipe do projeto, essas transações de peso estavam reduzindo a capacidade da rede de processar milhares de transações por segundo, fazendo com que as transações de parte dos usuários falhassem.