O presidente da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko, após três anos e meio, voltou a considerar a mineração de Bitcoin e criptomoedas com a eletricidade excedente do país, afirmando que a atividade pode ser lucrativa. Desta vez, Lukashenko usou de um novo argumento, de que a maior economia do mundo, os EUA, criou uma reserva de Bitcoin.
“Cada vez mais pessoas me procuram sobre isso. Se for lucrativo, faremos. Temos eletricidade sobrando. Então, que gerem essa criptomoeda”, afirmou Lukashenko, dirigindo as palavras ao ministro da Energia, Alexei Kushnarenko, segundo informações do site local Belta.
De acordo com um vídeo da reunião compartilhado pelo site, Lukashenko entende que a mineração de criptomoedas é uma tendência global de adoção, citando inclusive o interesse da “maior economia do mundo”, ou seja, os EUA, em alavancar a indústria cripto.
“Você vê o caminho que o mundo está seguindo. E especialmente a maior economia do mundo. Eles anunciaram ontem que manterão [criptomoedas] em reserva”, disse o presidente.
Mas a Belarrúsia não seria pioneira na prática. O Butão já opera uma infraestrutura de mineração de Bitcoin, assim como El Salvador, através de energia hidrelétrica e geotérmica, respectivamente.
Bielorrússia quer minerar cripto desde 2021
Não é a primeira vez que o presidente da Bielorrússia considera usar a eletricidade excedente do país para minerar criptomoedas. Em 2021, ele cogitou o mesmo, durante a inauguração de uma usina de energia na cidade de Petrikov, ele ordenou que o governo fizesse algo, sugerindo o uso de indústrias abandonadas por mineradores que procuram por espaço.
Na época, Lukashenko disse que a atividade de mineração de criptomoedas pode ser tão lucrativa quanto o cultivo de morangos.
“Temos que entender que eles não estão esperando nada de nós. […] Construir algo baseado na eletricidade. Afinal, comece a minerar criptomoedas ou o que quer que seja chamado. Há eletricidade suficiente no país.”
Apelidado de o “último ditador da Europa” por estar no poder desde 1994, Aleksandr Lukashenko sempre foi amigável à indústria cripto. Em 2017, Lukashenko assinou um decreto que isentava por cinco anos todas as atividades relacionadas ao setor de criptomoedas e blockchain.
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