Fachada da sede do Banco Central do Brasil
Foto: Shutterstock

O Banco Central está acompanhando a volatilidade do mercado de criptoativos e checando se essa turbulência pode causar algum estremecimento no cenário macroeconômico. A informação foi divulgada na quinta-feira (3), por meio do Relatório de Estabilidade Financeira (REF), um estudo que a instituição financeira publica de forma semestral.

“O BC segue acompanhando também a volatilidade dos mercados de criptoativos no cenário internacional, sua correlação com os mercados financeiros tradicionais e potenciais impactos decorrentes da implementação de novas ferramentas de finanças descentralizadas (DeFi)”, disse a instituição no relatório.

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O contexto no qual o Banco Central abordou cripto em seu relatório foi durante a análise sobre possíveis riscos para o cenário macroeconômico. Nesse sentido, a entidade afirma que os sistemas financeiros internacionais seguem “funcionando sem maiores fricções”.

Porém, o BC aponta que aperto das condições financeiras globais e o aumento da volatilidade podem provocar perdas nos valores dos ativos, principalmente naqueles com maior risco.

Além de citar os criptoativos, o documento afirma que o BC está estudando a correlação do setor cripto com o mercado tradicional e possíveis impactos que possam ser gerados por conta de iniciativas no campo das DeFi.

Criptomoedas têm potencial para inclusão financeira

Os criptoativos são novamente citados mais à frente no relatório como um setor com capacidade para promover inclusão financeira no Brasil.

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“Os recursos tecnológicos e de programabilidade – disponíveis no ecossistema de criptoativos e na Web3 – têm grande potencial para ampliar a inclusão financeira”, afirma o Banco Central logo na abertura do tópico “Potencial de inclusão financeira pelo uso de programabilidade”.

A instituição ressalta a reutilização de protocolos e componibilidade de serviços financeiros reduzem o custo e o tempo de desenvolvimento de novos produtos financeiros, liberando o empreendedor para focar em aspectos específicos de seu modelo de negócio.

BC e as criptomoedas

Em junho, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou em entrevista coletiva que a entidade está preparada para atuar como órgão regulador do mercado de criptomoedas no Brasil.

O Projeto de Lei que tramita no Congresso sobre o tema estipula que o Poder Executivo irá apontar o regulador. A expectativa do mercado é que o próprio BC seja o encarregado. Agora, o próprio Bacen passa a se colocar nesse papel.

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“O Banco Central está preparado”, disse Campos Neto ao ser questionado se a entidade se sente pronta para assumir a função de regulador. Mas o executivo ressaltou que “globalmente os Bancos Centrais ainda estão em fase de aprendizagem” e que ainda um longo caminho regulatório terá que ser percorrido.

No dia 31 de maio, o presidente do Banco Central disse que o órgão pretende apresentar mais um projeto de lei para regular a atuação de corretoras no mercado de criptomoedas. 

“No nosso PL a gente vai começar a regular as corretoras. Antes não estava sob regulação do Banco Central. Agora nós vamos regular as corretoras. E regulando as corretoras a gente vai saber se tem lastro ou não. Também vamos pedir que as corretoras tenham uma sede no Brasil”, disse Campos Neto.

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