O Banco Central da Nigéria lançou o programa “Naira 4 Dollar Scheme“, na última sexta-feira (05), no qual afirma que vai pagar 5 nairas (R$ 0,077), a moeda local, por cada dólar americano que for recebido pelos canais financeiros tradicionais.
Em dólares, o bônus representa um acréscimo de 0,013% por unidade recebida. Isso é “um esforço para sustentar o fluxo crescente de remessas de expatriados ao país”, segundo o documento oficial publicado pela instituição.
Esse procedimento vai funcionar por dois meses: entre 8 de março e 8 de maio de 2021. Não há maiores explicações sobre a possibilidade de extensão do projeto, caso ele seja bem-sucedido em aumentar o fluxo de dinheiro enviado por imigrantes à Nigéria.
Além disso, em países com a economia fragilizada, as remessas internacionais são uma fonte importante de renda. A Nigéria é o sexto país do mundo que mais recebe remessas internacionais, atrás apenas da Índia, China, México, Filipinas e Egito, conforme os dados do Estatista.
Reguladores do país vem tentando conter o uso do bitcoin e demais criptomoedas para o envio de remessas.
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No começo de fevereiro, o Banco Central proibiu as instituições financeiras de processarem transações advindas das criptomoedas. A determinação afeta diretamente o povo nigeriano, já que esse é o terceiro país do mundo com o maior volume de negociações de criptomoedas pessoa a pessoa (p2p), de acordo os dados da corretora Paxful.
A medida surtiu efeito, já que a Binance e outras corretoras suspenderam as operações no país. As exchanges estão sem acesso ao sistema financeiro nigeriano, nesse momento. Contudo, isso não significa que o povo está aceitando a resolução de maneira pacífica.
“Dane-se o Banco Central da Nigéria e o governo. Vamos continuar comprando e negociando bitcoin e altcoins da mesma forma por meio de P2P”, afirmou o empresário e arquiteto de blockchain Charles Okaformbah ao Portal do Bitcoin, numa entrevista recente.