Imagem da matéria: Banco Central autorizou funcionamento de 30 fintechs de crédito em dois anos
Foto: Shutterstock

Em dois anos, 30 fintechs de crédito obtiveram autorização do Banco Central (BC) para funcionamento no Brasil. É o que mostra levantamento divulgado recentemente pela instituição reguladora.

Dessas empresas, 24 são consideradas Sociedades de Crédito Direto (SCD), enquanto 6 figuram como Sociedades de Empréstimo entre Pessoas (SEP).

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O segmento de crédito corresponde à maior segunda maior fatia das fintechs em operação no Brasil (21%), de acordo com levantamento da ABFintechs (Associação Brasileira de Fintechs) — atrás somente dos meios de pagamento (22%). Em seguida aparecem bancos digitais (10%), gestão de investimentos (8%), gestão financeira (7%) e seguros (4%). Outros segmentos, somados, respondem por 28% do total.

Os dados divulgados pelo Banco Central mostram ainda que metade dessas 24 autorizações de SCD ocorreram em um espaço de três meses (de fevereiro a maio deste ano). Só em abril e maio, já em meio à turbulência da pandemia de coronavírus, foram cinco autorizações emitida em cada mês.

“O BC está observando atentamente a ‘franja competitiva’ do mercado de crédito brasileiro, a fim de estabelecer condições equitativas para segmentos com potencial competitivo diferenciado ou disruptivo, como é o caso das fintechs de crédito, novas instituições que podem resultar em mais acesso ao crédito para segmentos de clientes não atendidos por instituições financeiras (IFs) tradicionais”, afirmou Daniel Villano, analista do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, em comunicado divulgado pela instituição.

Fonte: Banco Central

Para o consultor do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do BC, Mardilson Queiroz, essas fintechs tendem a adquirir cada vez mais importância junto ao Sistema Financeiro Nacional. “Apesar de ainda não possuir números tão significativos sobre operações realizadas e recursos movimentados, devem se consolidar como atores fundamentais da economia brasileira”, disse ele ao site do BC.

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O que fazem as SCDs e SEPs

O funcionamento das fintechs de crédito é dado pela Resolução 4.656/2018, publicada em 30 de abril de 2018.

As SCD fazem operações de crédito com recursos próprios e podem prestar serviços adicionais — como análise e cobrança de crédito para terceiros. Já as SEP possibilitam as chamadas transações peer-to-peer lending, nas quais os recursos recebidos dos credores são direcionados diretamente aos devedores.

As SEPS podem também emitir moeda eletrônica — o que na visão no BC ajuda na inclusão financeira da população e dá maior agilidade na concretização de pagamentos relativos a operações intermediadas.

Em março, no bojo de respostas à crise gerada pelo novo coronavírus, o BC autorizou as fintechs de crédito com licença para operar como Sociedades de Crédito Direto (SCD) a emitir cartões de crédito.

A autorização veio justamente em um momento no qual as fintechs lutavam por maior espaço nas respostas econômicas à crise do coronavírus. Isso porque que as fintechs tinham ficado de fora das primeiras medidas de estímulo à economia, ainda focadas nos grandes bancos.


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