Moedas douradas de bitcoin sob a mesa
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Desde sua criação há pouco mais de uma década, o Bitcoin (BTC) viu seu preço subir de praticamente nada até o seu valor atual de pouco mais de US$ 38.000. No Brasil, a criptomoeda é negociada a R$ 211 mil, segundo o Índice de Preço do Bitcoin.

Daquela época até hoje, a capitalização de mercado do Bitcoin – definida por sua oferta circulante multiplicada pelo valor de cada unidade – disparou e está prestes a alcançar US$ 720 bilhões, o que fará da cripto não apenas a maior que já existiu, mas também maior do que boa parte das moedas fiduciárias.

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Embora o Bitcoin e as moedas fiduciárias não sejam exatamente equivalentes em termos de como o valor circulante é calculado, é possível estimar aproximadamente em que posição o Bitcoin está no ranking mundial de moedas. Para isso, basta comparar sua capitalização de mercado com a oferta de dinheiro ‘M0’ das moedas fiduciárias.

O número ‘M0’ representa o valor total de todas as notas, moedas e outros substitutos de dinheiro que podem ser facilmente convertidos em dinheiro. O valor ‘M0’ também é comumente conhecido como ‘narrow money’, expressão em inglês que se refere a todo o dinheiro físico, como moedas e papéis-moedas, mantidos pelo Banco Central.

Onde o Bitcoin se encaixa no ranking mundial de moedas

O dólar americano (USD) é atualmente de longe a maior moeda fiduciária em oferta em circulação. De acordo com o Banco Central dos EUA (FED), há US$ 1,95 trilhão em notas e moedas do FED em circulação – mais de três quartos delas são notas de US$ 100 e US$ 20.

Em seguida vem o euro (EUR) – uma moeda relativamente nova que foi lançada em 2002 e agora é usada em grande parte da Europa, bem como pela maioria dos estados membros da UE.

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Tal como o Banco Central dos EUA, o Banco Central Europeu (BCE) mantém uma lista atualizada com o montante de notas e moedas que entram em circulação. De acordo com as estatísticas oficiais, havia pouco mais de 1,4 trilhão de euros em circulação em novembro de 2020 (último mês em que a lista foi atualizada). Esse valor triplicou desde o lançamento do euro – o valor total é composto principalmente por notas de € 20 e € 50).

O Yuan Chinês (CNY) é a terceira moeda mais valiosa do mundo. De acordo com dados da Trading Economics, há cerca de 8,16 trilhões de CNY em circulação, o equivalente a US$ 1,26 trilhão. O iene japonês (JPY) vem logo atrás em quarto lugar, com pelo menos 112,7 trilhões de notas e moedas de JPY em circulação desde a última atualização feita pelo Banco do Japão. Esse valor equivale a US $ 1,1 trilhão quando medido em relação ao dólar.

O dólar americano, o euro, o yuan chinês e o iene japonês são as únicas moedas fiduciárias com uma capitalização ‘M0’ total de mais de US$ 1 trilhão. Por último, mas não menos importante, está o Bitcoin (BTC), que hoje em dia ocupa a posição de quinta maior moeda por meio de oferta circulante, ultrapassando por pouco a rupia indiana (INR) para garantir sua posição.

A rupia indiana (INR) tem atualmente mais de 33 trilhões de INR em notas em circulação – cerca de US$ 452 bilhões.

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O Bitcoin atualmente tem 18,59 milhões de unidades em circulação, cada uma valendo US$ 38.000, na cotação da tarde quinta-feira (7). Isso coloca o limite de ‘M0’ do Bitcoin em US$ 712,7 bilhões, tornando-o mais da metade do valor do iene japonês e pouco mais de um terço do valor do dólar americano. Em sua atual capitalização de mercado, o Bitcoin tem um suprimento de dinheiro que vale mais de 170 moedas fiduciárias diferentes.

Com sua capitalização de mercado atual de US$ 719 bilhões, o Bitcoin precisaria de mais 200% de crescimento para se tornar a maior moeda do mundo (criptomoeda ou outra) quando medido pelo valor circulante. Considerando que o Bitcoin valorizou 305% em dolar apenas em 2020, essa pode não ser uma perspectiva tão excessiva.

*Traduzido e editado com autorização da Decrypt.co
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