miniaturas de homens e moedas de bitcoin em cima de bandeira da Alemanha
Shutterstock

A Alemanha desbancou Singapura e se tornou o país mais amigável para o mercado de criptomoedas, segundo a mais nova edição do relatório Coincub Global Crypto Ranking, publicada esta semana.

O estudo, referente ao primeiro trimestre de 2022, ressalta que a posição alemã se deve ao fato de o país ter tomado a decisão “extremamente inovadora” de fazer investimento em criptomoedas como parte da grande indústria de poupanças domésticas.

Publicidade

No dia 31 de dezembro do ano passado, a Associação dos Bancos de Poupança da Alemanha anunciou que seus membros irão permitir que os clientes tenham wallets para negociar criptomoedas, conforme aponta a agência de notícias Reuters.

“O interesse em cripto é enorme”, disse à época um porta-voz da associação. A entidade controla 1 trilhão de euros e tem 50 milhões de alemães como clientes.

Já Singapura caiu para segunda posição após o governo local ter estipulado restrições para propagandas sobre criptomoedas e serviços relacionados. Em janeiro, a Autoridade Monetária de Singapura (MAS, na sigla em inglês), responsável por regular serviços financeiros do país, pediu que empresas cripto parem de promover seus produtos ao público.

As empresas de tokens de pagamento digital (DPT), conforme Singapura as descreve, “não devem retratar a negociação de DPTs [criptomoedas] de uma forma que trivialize os altos riscos de negociar e não devem promover seus serviços de DPT em áreas públicas em Singapura ou por meio de qualquer outro meio midiático direcionado ao público geral em Singapura”, afirmou o órgão regulador.

Publicidade

O top 10 dos países mais amigáveis ao universo cripto, segundo o estudo, é o seguinte: Alemanha, Singapura, Estados Unidos, Austrália, Suíça, Hong Kong, Holanda, França, Canadá e Japão.

Relatório cai em fake news de Brasil

O Brasil, por sua vez, aparece apenas na 42ª colocação, após ocupar a 11ª posição no último trimestre de 2021. O estudo, no entanto, cita como razão para o rebaixamento uma fake news que se disseminou ano passado: de que o Brasil teria cogitado tornar o Bitcoin como moeda de curso legal.

Isso nunca foi levantado, na verdade. O que aconteceu foi que as notícias sobre os projetos de lei que tramitam no Congresso foram tomadas por disseminadores de notícias como tentativa de legalizar o Bitcoin como moeda legal – os textos na verdade estipulam regras para as corretoras e um órgãos reguladores.

Dessa forma, “a falta de políticas decisivas sobre cripto levaram o Brasil para a parte debaixo do ranking”, afirma o estudo.

Publicidade

A repórter Saori Honorato, do Portal do Bitcoin, explicou em inglês no Twitter como a fake news sobre Bitcoin como moeda legal no Brasil se disseminou.

VOCÊ PODE GOSTAR
Imagem da matéria: Conheça a Abstract: nova blockchain criada no Ethereum voltada ao consumidor

Conheça a Abstract: nova blockchain criada no Ethereum voltada ao consumidor

A rede de segunda camada do Ethereum voltada ao consumidor, Abstract, está prestes a lançar sua mainnet. Veja como começar no primeiro dia.
Imagem da matéria: Brasileiro processa Gisele Bündchen e pede R$ 390 milhões por prejuízos com a FTX

Brasileiro processa Gisele Bündchen e pede R$ 390 milhões por prejuízos com a FTX

Cliente brasileiro exige ressarcimento de R$ 390 milhões de Gisele Bündchen, mas enfrenta dificuldades para localizar a modelo
Pai Rico Pai Pobre Robert Kiyosaki posa para foto

Pai Rico explica por que acha que Bitcoin atingirá US$ 350 mil este ano

Segundo o autor de “Pai Rico, Pai Pobre”, a impressão de dinheiro irá valorizar ativos reais como Bitcoin, ouro e prata
Michael Saylor, fundador da MicroStrategy

Por que as ações da MicroStrategy despencaram 45% apesar das compras de Bitcoin?

O preço das ações da MicroStrategy sofreu uma queda prolongada, caindo 45% em relação ao seu pico em novembro