A Coinbase acaba de se tornar a primeira exchange a receber uma licença de custódia de criptomoedas do BaFin, o regulador do mercado financeiro alemão, segundo uma nota oficial divulgada nesta segunda-feira (28).
A licença garante que a corretora americana continue oferecendo seus serviços no país em plena conformidade com as leis locais. “A Coinbase é a proprietária da primeira licença emitida pela BaFin para os negócios de criptomoedas, recentemente introduzido como um serviço financeiro”, disse a nota do órgão.
As normas foram criadas depois para que o país se alinhasse às orientações de combate à lavagem de dinheiro em vigor na União Europeia.
Como lembrou o Coindesk, o parlamento alemão criou uma lei no final de 2019 que tornou obrigatório que qualquer empresa que oferecesse custódia de criptomoedas para a população, solicitasse uma licença com o BaFin até 30 de novembro do ano passado.
A autorização recebida hoje vai de acordo com a postura que a Coinbase tem adotado de estar em conformidade com os reguladores dos países onde atua, principalmente depois que a empresa abriu capital na bolsa de valores.
Ao mesmo tempo, a Binance, uma das principais concorrentes da Coinbase, foi acusada em abril pelos autoridades alemães de supostamente ter violado as leis de valores mobiliários do país ao lançar ações tokenizadas.
Só na semana passada, a Binance recebeu alertas de violações às leis do Reino Unido e Japão, e interrompeu as operações em Ontário, a maior província do Canadá, para evitar enfrentar os reguladores.
Alemanha pró-bitcoin
Ao liberar a licença para a Coinbase operar no país, a Alemanha reforça a sua imagem de país amigável às criptomoedas. Aliás, nesta quinta-feira (1º), entra em vigor no país uma lei importante que pode atrair bilhões de dólares para mercado de criptomoedas.
Uma mudança na legislação vai possibilitar que mais de 4 mil fundos de investimentos institucionais do país aloquem até 20% de suas carteiras em criptoativos — algo que não era permitido até então.
Um especialista ouvido pelo Decrypt estimou que, em teoria, até US$ 422 bilhões desses produtos financeiros poderiam ser direcionados para o mercado cripto.