Imagem da matéria: A fantástica fábrica de dinheiro fácil da GAS Consultoria
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O criador da GAS Consultoria foi preso pela Polícia Federal, e a região de Cabo Frio despertou em fúria. Foram carreatas, petições públicas com milhares de assinaturas e comentaristas em todas as redes sociais. Todos unidos pela mesma estranha causa: libertar Glaidson Acácio dos Santos, cujas iniciais dão nome à GAS.

E parece fazer sentido: Glaidson criou o fantástico investimento sem risco. É como uma caixa mágica na qual você apenas coloca o dinheiro, nunca perde e ainda ganha 10% fixo todo mês.

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O dólar pode cair, o bitcoin desabar que não tem problema: a galinha da GAS põe apenas ovos de ouro.

Quem é mais experiente no mercado de criptomoedas (ou mesmo de ações) sabe o que é a angústia de ver quedas de 30% e não saber se é hora de vender ou manter os ativos. Sabem que o futuro é sempre incerto — o futuro pode ser uma oportunidade mas também é sempre um risco para o capital.

Só que o esquema comandado por Glaidson repete o mecanismo de tantos e tantos golpes que ocorreram nos passado. Não se trata de bitcoin — é somente a construção da ilusão de investimento.

A GAS Consultoria é uma reprise do que já vimos tantas e tantas vezes. Minerworld, Unick Forex, Atlas Quantum, Bitcoin Banco, entre outras, repetiram o padrão de usar o Bitcoin para atrair os incautos e mascarar o velho esquema de pirâmide financeira.

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Enquanto estavam pagando, quem criticava essas empresas era ataca pelos minions da internet. Cada faraó tinha sua igreja de seguidores formada por vários tipos de pessoas: os gananciosos, os ingênuos e os vendedores de sonhos para os ingênuos e gananciosos.

As narrativas mudam, mas o princípio contábil se mantém: o dinheiro dos novos entrantes paga os rendimentos dos antigos. Pega o que é de Pedro para pagar o de João.

A grande sacada de Glaidson foi ter criado os contratos de um ano para receber o principal de volta, isso garante os retornos fixos por um tempo e evita as corridas de saques. Então, por exemplo, se uma pessoa coloca R$ 100 mil na GAS em um contrato, ela vai recebendo por alguns meses o próprio dinheiro que ela colocou lá.

Com isso o sistema vai se retroalimentando, impulsionado pelo exército de vendedores que ganham gordas comissões sobre cada pacote vendido.

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E é por isso que o esquema segue em andamento. Os vendedores seguem vendendo para os incautos e gananciosos. O movimento pró-Glaidson segue com a narrativa de que Glaidson está sendo perseguido pela Globo, bancos, Igreja Universal, etc.

O que vai não vai mudar é o padrão de sempre: em algum momento o esquema vai parar de pagar. E ninguém receberá o dinheiro de volta. Como aconteceu em todos os casos parecidos, como é o padrão da velha conhecida pirâmide financeira.

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