Imagem da matéria: Mineradora de bitcoin envia máquinas para a Rússia para escapar da repressão chinesa
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The9, uma empresa chinesa de jogos que entrou para o ramo da mineração no início do ano, anunciou nesta terça-feira (13) que vai enviar suas máquinas para a Rússia para escapar das restrições impostas pelo governo chinês à atividade no país.

A companhia listada na Nasdaq (NCTY) disse em um comunicado que assinou um contrato de hospedagem com a BitRiver, uma empresa de mineração de bitcoin com sede em Moscou, capital da Rússia.

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A BitRiver possui grandes fazendas de mineração movidas com a energia hidrelétrica excedente na região. Para aproveitar a eletricidade sustentável e de baixo custo da área, a empresa aluga a estrutura completa para mineradoras de outros países.

O data center que receberá as máquinas da The9 tem uma capacidade de fornecimento de 100 MW e pode hospedar mais de 33 mil equipamentos. Inicialmente, a empresa chinesa vai usar 15 MW de capacidade elétrica disponível e poderá ocupar o local por dois anos, de acordo com o contrato firmado entre as partes. 

A locação da nova fazenda na Rússia, no entanto, não deverá ser suficiente para alocar todas as máquinas em posse da The9 no momento.

De acordo com o The Block, a empresa realizou várias rodadas de investimento no início do ano comprar equipamentos de mineração de bitcoin. Como havia uma crise de fornecimento de máquinas da nova geração, a The9 adquiriu mais de 35 mil ASICs antigas.

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Até então, essas máquinas estavam espalhadas em diferentes regiões da China como Gansu, Sichuan, Xinjiang, Qinghai e Mongólia Interior. Com exceção de Gansu, todas as outras províncias proibiram, em diferentes níveis, a mineração no seu território.

O tempo que a The9 tem para encontrar um novo local para seus equipamentos fica ainda mais apertado à medida que se aproxima a data em que a empresa receberá mais 24 mil Antminer S19j Pro, encomendadas da Bitmain no início do ano.

Em busca de um novo lar

A Rússia se tornou uma alternativa para os mineradores que estão em busca de um novo local para trabalhar. O motivo principal é a energia barata cedida pelas hidrelétricas na área, mas o clima frio também é um atrativo para garantir a potência das máquinas que exigem constante refrigeração.

Até o momento, no entanto, países como o Cazaquistão e os Estados Unidos estão entre os que mais recebem os mineradores que deixam a China.

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Uma das empresas chinesas que já iniciou as operações no Cazaquistão é a BIT Mining. A minedora foi forçada a desligar suas máquinas depois que a província de Sichuan determinou o corte de energia para a atividade. 

Nesta terça, a companhia levantou US$ 50 milhões em uma oferta privada de ações para financiar a construção de novas fazendas de mineração no exterior.

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