A mineração de Bitcoin (BTC) atingiu a maior receita da sua história em março de 2021, de acordo com os dados do The Block. O volume total estimado até essa segunda-feira (29) é de mais de US$ 1,5 bilhão, ou R$ 8,66 bilhões.
A receita dos mineradores é composta por duas fontes: as taxas pagas nas transações e as recompensas pelo acréscimo de novos blocos à blockchain do Bitcoin. Nessa linha, a maioria absoluta da receita provém do subsídio da rede pela adição dos blocos.
O aumento do dinheiro pago aos mineradores vem numa crescente desde outubro de 2020. Foi nessa época que o preço do ativo digital começou a subir de maneira significativa para atingir o recorde histórico em dezembro, quando passou dos US$ 20 mil.
Desde então, a cotação do Bitcoin subiu ainda mais e passou dos US$ 61 mil em março desse ano.
Mineração de Bitcoin pós-halving
A rede do Bitcoin passa por um halving a cada quatro anos, aproximadamente. Isso significa que a recompensa dos mineradores pela adição de novos blocos à blockchain é cortada pela metade.
No entanto, o preço do Bitcoin subiu desde o último halving, que aconteceu em maio de 2020. Logo, a subida nos preços compensou a diminuição da recompensa de mineração.
Em maio, o Bitcoin estava cotado próximo aos US$ 10 mil; agora, a moeda vale algo em torno dos US$ 58,2 mil (R$ 329 mil), segundo o Índice de Preço do Portal do Bitcoin.
Março é visto como um mês ruim pelos investidores
Além do halving, há outro ponto que merece atenção nesse momento: o mês de março.
Parte dos investidores costuma encarar março com receio a cada ano que se passa. Historicamente, esse é o pior mês em relação ao retorno sobre os investimentos em criptomoedas, como mostra a compilação feita por Darren Lau no Twitter.
Assim, de 2011 a 2020, 8 entre 10 meses de março foram de retornos negativos para os investidores. Entretanto, esse ano pode ser diferente, já que o Bitcoin está conseguindo se manter acima dos US$ 58 mil até o momento.