O Bitcoin (BTC) fechou 2020 em alta e já abriu 2021 registrando nova máxima histórica. Às 9h35 desta sexta-feira (01), o bitcoin bateu US$ 29.620 com ganhos de 3,5% nas últimas 24 horas. No Brasil, a criptomoeda é negociada acima dos R$ 153 mil.
Em dólar, o bitcoin fechou 2020 com 290% de valorização acumulada. Em real, os ganhos foram ainda maiores, de 420%, impulsionado pela desvalorização da moeda brasileira.
Junto com o bitcoin, as principais criptomoedas operam em alta neste primeiro dia do ano. Ethereum sobe 0,8%, XRP recupera 9,6% após forte queda nos últimos dias e Polkadot ganha mais 9,69% no dia com 68% no acumulado da semana.
Porque o bitcoin valorizou tanto em 2020
2020 foi um ano movido pelo capital institucional entrando no mercado de bitcoin. O bonde foi puxado pela MicroStrategy, empresa de bussiness inteligence listada na bolsa de valores americana. Em setembro, o CEO da empresa, Michael Saylor, anunciou a compra de US$ 425 milhões em BTC. Nos meses seguintes, ele seguiu comprando e já acumula mais de US$ 1,1 bilhão (que atualmente viraram US$ 1,8 bi).
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A seguradora americana MassMutual foi outra que investiu US$ 100 milhões em bitcoin. O CEO do Twitter também comprou US$ 50 milhões em bitcoin através da Square, empresa de pagamentos na qual é cofundador.
Essa tendência está sendo seguida por diversos grandes players do mercado tradicional, que estão vendo o bitcoin como uma reserva de valor e hedge contra o dinheiro fiduciário.
A entrada dos investidores institucionais é sem dúvida o principal motivo para a disparada do bitcoin. No bull run anterior, em 2017, a valorização da criptomoeda foi sustentada pelo varejo, sobretudo por pequenos investidores da Ásia.
Além disso, a Tether também superou a marca de US$ 20 bilhões em valor de mercado, o que é visto como uma métrica de novo dinheiro fiduciário entrando no mercado de criptomoedas.
Movimento agora é de popularização até mesmo de serviços — em novembro a gigante PayPal passou a permitir que seus clientes negociassem bitcoin.