A Receita Federal divulgou as movimentações em criptomoedas de agosto de 2019 a março deste ano no Brasil. E destacando os dados do primeiro trimestre, foram declaradas em torno de R$ 26,62 bilhões em criptomoedas no período. Deste valor, quase 40% foi só em Bitcoin.
As operações envolvendo a principal criptomoeda do mercado durante esse período totalizaram o montante de R$ 10.266.013.140,01. Somente em março foram contabilizadas 674 mil operações, que renderam o equivalente a cerca de R$ 3 bilhões em bitcoins.
Esses números, porém, se baseiam unicamente nas declarações feitas pelas exchanges e por pessoas jurídicas e físicas sem que a Receita Federal cruzasse quaisquer informações ou corrigisse eventuais equívocos na declaração.
“Os dados declarados pelo contribuinte são considerados para todos os efeitos, até que se prove o contrário, a expressão da verdade. Desta forma, os eventuais erros cometidos pelo contribuinte, ao preencher sua declaração, não são corrigidos pela Receita Federal Brasileira. A correção, quando se dá, se faz mediante a entrega de uma nova declaração pelo contribuinte”, informa a Receita.
Como a declaração era livre por parte do contribuinte, não há uma uniformidade na nomenclatura das criptomoedas. Desta forma, as declarações em Bitcoin foram reportados tanto como BTC, Bitcoin, BTC USD, BTC BRL, entre outros nomes.
Bitcoin e seu alto volume
Somente em janeiro deste ano, houve 531.028 operações com Bitcoins —registradas como bitcoin ou BTC. Por meio destas, foram transacionados R$ 4.520.165.616,52.
Nessa cifra não estão as poucas declarações esparsas de Bitcoins declaradas como pares em outras moedas — sob a sigla BTC-USD, BTC-BRL, dentre outros.
Além do Bitcoin, o relatório divulgado pela Receita Federal aponta também as transações em outras criptomoedas como Ripple, Ethereum, Litecoin e Bitcoin Cash. Essas quatro mencionadas foram as principais em números, depois do Bitcoin.
O Portal do Bitcoin, então, analisou apenas as cinco criptomoedas que tiveram maior expressividade em operações no primeiro trimestre deste ano. O fato é que o Bitcoin sozinho possui mais do que o dobro da soma de todas essas quatro moedas digitais juntas.
Em janeiro, quem mais próximo chegou do Bitcoin foi o seu fork, o Bitcoin Cash (BCH), com 81.253 operações. No entanto, isso em cifras não chegou sequer a um terço dos mais de R$ 4,5 bi transacionados. As transações em BCH totalizou R$ 279.302.596,34.
Ripple em altas cifras
No período, o Litecoin (LTC) teve 68.410 operações; o Ripple (XRP), 66.683; e o Ethereum (ETH), 50.931. Essa ordem, porém, muda quando o assunto é o montante.
Depois do Bitcoin, quem mais teve volume em Reais entre suas operações foi a Ripple. Foram R$ 1.459.699.449,41 declarados. Em seguida, vieram a ETH, com R$ 25.693.086,46; e a LTC com R$ 39.075.362,06.
!function(e,i,n,s){var t=”InfogramEmbeds”,d=e.getElementsByTagName(“script”)[0];if(window[t]&&window[t].initialized)window[t].process&&window[t].process();else if(!e.getElementById(n)){var o=e.createElement(“script”);o.async=1,o.id=n,o.src=”https://e.infogram.com/js/dist/embed-loader-min.js”,d.parentNode.insertBefore(o,d)}}(document,0,”infogram-async”);O Bitcoin em fevereiro, porém sofreu uma queda nas operações e quem acabou desbancando seu lugar foi a Ripple. Enquanto que a principal criptomoeda do mercado foi responsável por R$ 2.71 bilhões por meio de 458.818 transações no Brasil, a XRP com apenas 105.454 operações movimentou R$ 5.845.432.547,47.
A Ethereum e a Litecoin movimentaram, respectivamente, R$ 84 milhões (com 95.246 operações) e R$ 76,5 milhões (com 93.918 operações). A Bitcoin Cash, por meio de 75.929 operações teve movimentação de R$ 64,96 milhões.
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Em março, contudo, as declarações mostram aumento de operações em Bitcoin feitas no mês anterior. Apesar de as operações baterem a marca de 674.081, não houve a mesma expressividade de janeiro. Foram transacionados R$ 3.028.371.384,83, ou seja, R$ 1,5 bilhão a menos que o que foi declarado no primeiro mês do ano.
Esse volume de operações com Bitcoins superou todas as outras que foram contabilizadas pela Receita Federal desde outubro do ano passado, conforme se nota no gráfico abaixo.
!function(e,i,n,s){var t=”InfogramEmbeds”,d=e.getElementsByTagName(“script”)[0];if(window[t]&&window[t].initialized)window[t].process&&window[t].process();else if(!e.getElementById(n)){var o=e.createElement(“script”);o.async=1,o.id=n,o.src=”https://e.infogram.com/js/dist/embed-loader-min.js”,d.parentNode.insertBefore(o,d)}}(document,0,”infogram-async”);A Receita Federal, no entanto, alertou no documento que esses números podem expressar transações de meses anteriores àqueles que se remetem à declaração. Isso, porque o contribuinte pode ter atrasado na entrega ou entregou de forma parcial e teve de complementar depois.
Dados de exchanges
A maior parte das declarações veio de Exchanges, que são obrigadas pela Instrução Normativa 1.888/2019 a reportar todas as operações com criptomoedas.
Nesse trimestre, elas apontaram 1.393.644 operações em janeiro, 1.473.850 em fevereiro e 1.593.806 em março. Foram movimentados nesses respectivos meses, R$ 3,24 bi, R$ 3,54 bi e R$ 2,49 bi.
Em outras palavras, as corretoras de criptomoedas no Brasil foram responsáveis por quase metade do volume em reais em transações em janeiro, quando foi contabilizado R$ 7,031 bilhões.
Houve, contudo, uma queda desse volume por meio das corretoras de criptomoedas em fevereiro e março, meses em que foram movimentados por todo o mercado R$ 10,765 bi e R$ 8,824 bi, respectivamente.
O documento mostra que homens ainda são a maioria desse mercado. Em todo o período eles detêm mais de 80% das operações.
A maior marca delas ocorreu no ano passado quando foram responsáveis por R$ 3,79 bi. Mas eles estavam a frente com R$ 17 bi. Foi a menor diferença apontada entre eles.
*Colaborou Rodrigo Borges Delfim
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