Imagem da matéria: Novo golpe usa maconha medicinal como isca para pirâmide financeira
Produtos a base de canabidiol da suposta empresa (Foto: Reprodução)

O Behind MLM, site internacional especializado em detalhar e denunciar esquemas de pirâmide financeira denunciou a Okaizo, uma plataforma que tem usado o Canabidiol (CBD) para promover um golpe.

Na medicina, o produto — também conhecido como cannabis medicinal — é usado contra de dor e convulsões, mas nessa fraude, ele serve com isca para atrair vítimas, segundo a publicação.

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“A Okaizo não possui produtos ou serviços disponíveis e os afiliados podem apenas montar uma rede”, diz o site. Logo, se não há produto, não há receita para pagar rendimentos.

Conforme detalhou a publicação, a Okaizo não passa de golpe. Isso porque os rendimentos dependem exclusivamente da entrada de novos associados. Outro ponto é que para se associar, primeiro deve-se enviar um email para análise da empresa.

No site oficial, inclusive, não há menção ao esquema e nem mesmo ajuda. Ao clicar em termos e condições o site leva o usuário para uma página em construção.

A única informação é que trata-se de um empresa de produtos feitos à base de plantas. Mostra também a foto (claramente duvidosa) da ‘fachada do prédio da empresa’, em Amsterdã, na Holanda.

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“Com 100% das comissões pagas vinculadas ao recrutamento, A Okaizo é um esquema de pirâmide”, diz o site.

Pirâmide tem ex-OneCoin

De acordo com o site, o negócio é gerenciado por Bernardus Johannes Gijsbertus Voorham, cujo perfil no Linkedin aparece ‘Bing Voorham’.

Conforme detalhou, além de fundador da Okaizo, ele é um antigo piramideiro da OneCoin, um esquema global da empresa One Life comandado pela búlgara Ruja Ignatova.

Só no Brasil, entre 2015 e 2016, os golpistas arrecadaram o equivalente a R$ 14 milhões com o golpe. Na ocasião, a promessa era de que a criptomoeda da One Coin bateria até mesmo o Bitcoin.

Apesar de apresentar uma linha de produtos em uma página no Facebook, no site, o associado não precisa comercializar, apenas trazer mais gente para o esquema para poder fazer nada ganhar.

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“Quando cessa o recrutamento, o esquema entra em colapso, deixando a maioria dos participantes com uma perda”, comenta o site.

Pirâmide promete até 15% de bônus

De acordo com análise do Behind MLM, os afiliados da Okaizo se inscrevem e pagam uma taxa de associação. As comissões são pagas quando recrutam outras pessoas que fazem o mesmo.

A plataforma disponibiliza três pacotes de entrada no negócio: Bronze, Prata e Ouro. Os preços são cotados em euro — € 247,1, € 619 e € 1156,20, respectivamente, baseadas em pontos.

No entanto, para manter rendimentos, o associado deve formar uma rede e começar a ganhar 200, 600 e 1100 pontos na pirâmide, conforme os pacotes.

Além disso, o associado deve:

Manter um pedido mensal de 50 ‘PV’ (sigla em inglês para ‘Personal Volume’), que presumivelmente é a compra mínima do CBD;

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Recrutar e manter pelo menos quatro afiliados, sendo cada um com um pedido mínimo a cada 28 dias também de 50 PV.

Conforme detalhou o sistema da plataforma, se o associado deixar de manter os PVs, seus bônus ativos são redefinidos a zero, diz o Behind MLM.

As comissões também são baseadas no tipo de pacote adquirido, sendo € 20, € 60 e € 100 para Bronze, Prata e Ouro, respectivamente.

Para ‘crescer’ na pirâmide, a modalidade usada no negócio é a mesma de segmentos de marketing multinível, a binária. No nível 1 e 2 os associados recebem 10% e 15% de bônus.


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